Mulher achada morta em área de garimpo foi 3ª da família a ser assassinada

O corpo de Jenni foi descoberto próximo a uma cratera onde oito garimpeiros foram mortos na região da comunidade Uxiu.

Mulher achada morta em área de garimpo foi 3ª da família a ser assassinada | Reprodução
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A venezuelana Jenni Rangel, de 28 anos, encontrada morta no último sábado (6) com evidências de violência sexual em uma área de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, é a terceira pessoa de sua família a ser assassinada nesse território. Além dela, seu marido Joel Perdomo, de 68 anos, e seu enteado Johandri Perdomo, de 24 anos, também perderam a vida. Somente na última semana, foram registrados 14 óbitos violentos nessa região.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros realizaram a remoção do corpo de Jenni. Posteriormente, um cunhado da vítima, Iver Perdomo, foi entrevistado pelo g1, pedindo punição para os envolvidos nos crimes. O homem é irmão de Joel e tio de Johandri, também vítimas.

Mulher achada morta em área de garimpo foi 3ª da família a ser assassinada (Foto: Reprodução)Iver chegou a Boa Vista na sexta-feira (5), vindo da Venezuela. Após tomar conhecimento de que oito garimpeiros foram mortos na Terra Yanomami, ele decidiu viajar até Roraima, preocupado com a possibilidade de seu irmão estar entre as vítimas. Ele relatou que Joel deixou o país vizinho, onde atuava como professor, junto com seu filho Johandri e sua esposa Jenni, buscando escapar da crise financeira que assola a Venezuela. A família decidiu deixar o país em busca de melhores condições de vida.

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O corpo de Jenni foi descoberto próximo a uma cratera onde oito garimpeiros foram mortos na região da comunidade Uxiu. Essa área é conhecida por ser um local com intensa atividade de garimpo. A descoberta ocorreu durante um sobrevoo de helicóptero realizado pela Força Nacional, que prontamente acionou a Polícia Federal para investigar o caso.

"Eles eram trabalhadores. Saíram da Venezuela por causa da crise e só queriam viver", afirmou Iver.

Iver relata que seu irmão, cunhada e sobrinho estavam na Terra Yanomami há cerca de dois anos, trabalhando em um garimpo junto a aproximadamente 15 outros garimpeiros. É importante ressaltar que em Roraima não existem garimpos legalizados, e essa atividade garimpeira é um dos principais fatores que contribuem para a grave crise sanitária enfrentada pelos indígenas da etnia Yanomami.

Neste momento, Iver está aguardando a conclusão do processo de identificação formal dos corpos no Instituto Médico Legal (IML) para que ele possa levar os corpos de sua cunhada, irmão e sobrinho de volta à Venezuela para o sepultamento. É um momento de espera e preparação para realizar o último adeus à família.

Meionorte.com

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