A dona de casa Kemoli Santiago, 30 anos, foi vítima de violência doméstica fisicamente pelo seu próprio companheiro. A mulher afirma ter sofrido agressão com chutes, socos no rosto e além de xingamentos e gritos por parte do seu cônjuge há alguns dias após ter presenciado uma traição. Com isso, ela decidiu levar o caso a público e pedir ajuda.
Kemoli contou ao Jornal MN que sente medo porque o agressor permanece solto. "Já busquei desde o boletim de ocorrência (B.O), mas como o acusado nunca assinou, e com isso não tem valor nenhum. Quero levar o caso a público, procurei delegacia, instituto médico legal, hospital e defensoria pública", afirmou. Depois do episódio de violência sofrido, Kemoli foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Em um vídeo enviado a reportagem, Kemoli descreveu o que passou, ela aparece chorando e com sangramento na boca. "Meu companheiro não está ciente perante a justiça sobre a protetiva, e enquanto isso ele pode fazer o que quiser sem ser preso". A mulher busca uma medida protetiva e, por conta disso, seu estado emocional e psicológico está afetado. "Não é normal a pessoa ficar nesse estado e o outro permanecer solto", escreveu.
Esses atos de violência contra a mulher só aumentam a cada dia em todo país. Em caso de denúncia, as vítimas podem recorrer ao 180 onde a Polícia coleta dados por telefone e registra as informações. Em Teresina elas também contam com o aplicativo Salva Maria. A delegada Eugênia Villa, contou que a Polícia já amplia a atenção aos pedidos recebidos por meio do aplicativo. "Ao receber a solicitação, o deslocamento para flagrante será feito pela Polícia Militar e as denúncias recebidas pelo formulário digital do Salve Maria será analisado pela polícia judiciária, que neste caso são as delegacias que vão emitir ordem de missão policial para que seja investigada aquela denúncia”, elucidou a delegada.
Os casos de atenção à vítima devem ser encaminmhados as redes de atendimento, como a Delegacia da Mulher no bairro Buenos Aires, a Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher, na Rua. 24 de Janeiro, 500 - Centro (Sul), telefone: (86) 3222-2323 e ainda a Secretaria de Assistência Social e Cidadania(Sasc). Queremos conscientizar a população que neste combate à violência todos devem estar incluídos no mesmo propósito: o respeito.