Uma jovem de 29 anos foi morta a facadas dentro da unidade de saúde onde trabalhava em Cubatão (SP). O namorado de Ana Paula Trajano é o principal suspeito pelo crime, e foi preso por policiais militares do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). Ele não teria aceitado o fim do relacionamento que havia ocorrido no mesmo dia.
O crime ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (4). O 2º Baep informou que uma equipe estava em patrulhamento pelo bairro Vila Natal, quando viu muitas pessoas gerando tumulto, e identificou uma mulher no chão, ensanguentada, dentro da Unidade de Saúde da Família (USF) Mário Covas.
Em seguida, os policias militares também perceberam que um homem tentava se desvencilhar dos moradores, e o detiveram. Nesse momento, foram informados pelas testemunhas de que ele havia esfaqueado a vítima.
A equipe prendeu o suspeito e pediu apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que já havia sido acionado pela população. De acordo com o Baep, posteriormente, foi realizada perícia no local, e a faca utilizada no crime foi apreendida.
A jovem não resistiu e teve a morte constatada no Pronto Socorro Central de Cubatão. O suspeito foi conduzido à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Cubatão, onde foi elaborado o boletim de ocorrência por homicídio qualificado. O homem permaneceu à disposição da Justiça.
Nas redes sociais, a Prefeitura de Cubatão e a Secretaria de Saúde lamentaram profundamente o falecimento da colaboradora, que atuava na Atenção Básica da Unidade de Saúde da Família Mário Covas.
A administração municipal confirmou que a funcionária da prestadora de serviços foi assassinada dentro da unidade, e afirmou que as autoridades municipais repudiam toda violência contra a mulher, estando à disposição para colaborar com a polícia. Devido ao ocorrido, a USF Mário Covas não irá funcionar nesta terça-feira (5).
Não aceitou o fim do relacionamento
O irmão da jovem, Elvis Barbosa, afirmou que a irmã e o suspeito estavam juntos há dois meses, e que ela havia terminado o relacionamento com ele no dia em que ocorreu o crime. "Ela pediu um tempo, e ele, não satisfeito, foi até a casa da minha mãe, pegou uma faca sem minha mãe ver, foi no serviço dela [vítima], ficou conversando com ela, e depois dela falar que não queria mais, ele a esfaqueou nove vezes", diz.
Segundo o irmão, Ana e o ex-companheiro brigavam constantemente, e por isso ela optou pelo término. "Minha irmã não teve direito nem de lutar pela vida. Era uma moça cheia de sonhos, professora formada, trabalhava na farmácia da UBS, e faria, daqui a alguns dias, a cirurgia bariátrica que tanto sonhava. Ela também estava para comprar o primeiro carro, mas, infelizmente, atrapalharam o sonho dela", finaliza.