Mulher morta na av. Maranhão foi esfaqueada 20 vezes, diz perícia

Logo depois, a vítima foi atropelada pelo criminoso.

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Atualizado 13h25

A mulher encontrada morta com perfurações de faca e marcas de atropelamento na Avenida Maranhão, zona Sul de Teresina, na madrugada desta terça-feira (15), foi identificada como Aretha Dantas Claro, de 32 anos. De acordo com informações da Perícia Criminal, a vítima foi esfaqueada pelo menos 20 vezes.

Areta é sobrinha de um policial civil lotado na Polinter - Polícia Interestadual do Piauí. O tio, não identificado, esteve no Instituto Médico Legal (IML), mas por não portar nenhum documento de identificação da vítima, foi buscar em casa para retornar e conseguir a liberação do laudo cadavérico.

Durante conversa com os investigadores, o policial tio da vítima informou que Areta saiu de casa ontem segunda-feira (14) de tarde após receber ligação de um ex-companheiro e não voltou mais. A vítima mantinha relacionamento conturbado com esse rapaz. Segundo o policial, a relação estava desgastada com idas e vindas entre os dois. Recentemente, ela teria saído da casa desse rapaz e teria ido morar com a avó.

Mais cedo, o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador da Delegacia de Homicídios, falou sobre o caso. “O que podemos perceber de primeira é que ela tem duas tatuagens, um gato na panturrilha da perna direita e uma frase nas costas ‘o essencial é invisível aos olhos’”, afirmou ele.

O caso foi repassado para a delegada Luana Alves, do setor de feminicídio da Delegacia de Homicídios. Segundo Baretta, ainda não se tem indícios de que houve um feminicídio, mas quaisquer crimes contra a mulher são apurados pela delegada. “A investigação vai continuar e vamos dar todo o auxílio necessário para a equipe da delegada, ainda não temos testemunhas do caso e vamos traçar uma linha para seguir”, disse.

“Nós estamos trabalhando com levantamentos desde a madrugada para essa investigação preliminar completa. Em uma investigação de homicídio um dos elementos essenciais é a identificação da vítima, estamos trabalhando no sentido de colher outros elementos que levam a autoria, queremos saber  a circunstância em que ela foi morta, ou se ela foi morta naquele local, ou se foi colocada ali, ela tinha múltiplas lesões em todo o corpo, criamos uma linha do tempo para saber  a cronologia da morte, que horas foi morta, qual foi a causa da morte, se foi arma branca ou atropelamento. Algumas hipóteses estão tomando corpo para que a gente siga uma linha de investigação, vamos identificar ela primeiro, fazer os últimos passos dessa moça, vamos dar bom dia ou boa tarde e ficar com ela até chegarmos ao autor do crime. Todo crime de homicídio é planejado, não existe nenhum crime contra a vida sem motivo, a polícia tem que pensar como o criminoso”, declarou o delegado.

O CASO

Por volta das 04h30 desta terça-feira (15/05), o corpo de uma mulher ainda não identificada foi encontrado com perfurações de faca e múltiplas lesões na Avenida Maranhão, zona Sul de Teresina. A Polícia Militar foi acionada e realizou o isolamento do local. A vítima estava trajando uma blusa preta e short jeans. 

De acordo com a perícia criminal, a vítima foi arrastada por cerca de dez metros. Segundo informações do repórter Kilson Dione, que esteve na cena do crime, a vítima se encontrava com o rosto completamente desfigurado e muito couro cabeludo foi encontrado no asfalto por conta do atropelamento. 

“Por volta de 04h30 nós recebemos o comunicado que havia uma pessoa caída na Avenida Maranhão, ao nos deslocarmos até o local encontramos o corpo de uma mulher já morta. Imediatamente fizemos o isolamento e comunicamos o fato à perícia. Até o momento não temos a identificação da vítima, mas a Delegacia de Homicídios já se encontra investigando para chegar aos autores do crime”, afirmou o coronel Jozinaldo Marinho.

De acordo com testemunhas, um veículo parou embaixo da ponte nova que dá acesso Teresina - Timon, estacionou próximo a um campo de futebol, um homem desceu para conversar com a vítima, a partir daí ela foi esfaqueada. Logo em seguida, ele retornou para o veículo e passou por cima da mulher cerca de três vezes.

O Instituto Médico Legal foi acionado e fez a remoção do corpo.

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