A mulher que chefiou quadrilha de assaltantes durante assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na esquina das ruas Mariz e Barros e Professor Gabizo, na Tijuca, zona norte do Rio, não era uma criminosa comum. Segundo informações do Titular da Delegacia da Praça da Bandeira (18ª DP), Orlando Zaccone, Ivone Fernandes Mendonça, de 35 anos, frequentava as rodas da alta sociedade carioca e se relacionada com pessoas ricas.
Ela morreu, juntamente com outros dois comparsas, no tiroteio que se seguiu à chegada de policiais militares ao restaurante na última segunda-feira (13). Durante investigações, a polícia obteve imagem em que Ivone aparece passeando em uma moto aquática.
? Ela não era uma criminosa comum. Frequentava festas e eventos da alta roda.
Ivone havia sido condenada a 13 anos de prisão por roubo com resistência, pois trocou tiros com policiais. Ela foi beneficiada com a progressão de regime, deixou a cadeia, mas não retornou para assinar um termo periódico, como era obrigada.
Ela foi a primeira integrante da quadrilha a entrar no restaurante na segunda, dia do assalto. Ivone teria entrado perguntando se o estabelecimento já estava aberto para o almoço. Bem vestida, com roupas sociais e acessórios de grife, a mulher não levantou suspeita.
Segundo a polícia, em poucos instantes, ela retornou ao local acompanhada de um comparsa e anunciou o assalto. Era dentro da bolsa de Ivone que estava a maioria das armas da quadrilha.
Ela ainda tentou enganar os policiais que chegaram minutos depois do início da ação dos bandidos. Segundo a PM, Ivone teria afirmado que era gerente do restaurante, que ainda estava fechado. Quando os PMs pediram uma identificação da criminosa, ela sacou as armas e começou a atirar. Ela morreu próximo à porta de entrada do restaurante.
Ivone e Magno Barbosa Casemiro, o Professor, também morto no assalto, eram moradores da Rocinha, em São Conrado, na zona sul da cidade, e ambos estavam foragidos do sistema penitenciário. O terceiro suspeito morto era Antônio Barbosa Rodrigues, o Ceará, que já tinha um mandado de prisão pendente por latrocínio (roubo seguido de morte) no Ceará.
Outros integrantes da quadrilha conseguiram fugir levando pertences de funcionários do restaurante e R$10 mil. A polícia vai usar imagens do circuito interno de segurança do estabelecimento para tentar identificar os outros suspeitos.