Islay Pereira Souza foi condenada nesta quarta-feira (26) a 20 anos de prisão pelo assassinato da empresária Raquel Mello Mota, de 39 anos. A mulher golpeou Raquel com um estilete durante uma briga de trânsito em Macaé (RJ) em novembro de 2017.
O julgamento com júri popular aconteceu no Fórum de Macaé e terminou às 23h desta quarta-feira. Islay foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil e vai cumprir a pena em regime fechado.
Na sentença, o juiz reforçou que a condenada, que é natural de Fortaleza, no Ceará, tem antecedentes de violência e não vai poder recorrer em liberdade porque oferece riscos à sociedade.
O viúvo da empresária disse que perdoa Islay Pereira. Eles se abraçaram durante o julgamento e Islay pediu perdão.
"O primeiro passo para você viver bem é isso, é você perdoar. Só que perdoar não quer dizer esquecer o que ela fez. Ela vai pagar pelo que fez, mas a minha parte eu fiz, perdoar", disse Vanderson Fernandes.
Ministério Público, a defesa e a acusação da ré, além do corpo de jurados, que é formado por sete pessoas, participaram do julgamento.
O crime
A acusada atingiu a empresária com três golpes de estilete durante uma briga de trânsito e fugiu. Ela se entregou à polícia cinco dias depois do crime e foi encaminhada ao Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
De acordo com as investigações, Islay perseguiu Raquel até a entrada do condomínio onde a vítima morava e a atacou.
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento da briga. Quando se entregou, a mulher disse ter agido em legítima defesa. O porteiro do condomínio afirmou em depoimento que foi a acusada quem agrediu primeiro a vítima. Raquel era casada e deixou uma filha de 13 anos.