Mulher que teve braço rabiscado por médico presta depoimento no Rio de Janeiro

No entanto, Manoela não falou com a imprensa

Mulher que teve braço rabiscado depõe | Divulgação
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Manoela dos Santos, que perdeu o bebê depois de ter sido atendida no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, prestou depoimento nesta quarta (8) na 14ª DP (Leblon).

No entanto, Manoela não falou com a imprensa. Ela recebeu alta na terça (7) da Maternidade Fernando de Magalhães, na Zona Norte, onde estava internada.

O advogado de Manoela dos Santos, Michel Assef, informou na terça que pretende entrar com uma ação judicial contra a prefeitura do Rio e contra o médico responsável pelo atendimento dela.

Segundo Assef, a ação será por perdas e danos. Manoela perdeu o bebê depois de ter sido atendida no Hospital Miguel Couto na última quinta (2) por um médico que está sendo investigado pela polícia e pela administração municipal.

Ela teria sofrido um descolamento prematuro da placenta e teria chegado ao hospital Miguel Couto com dores e sangramento. O médico que atendeu ela teria escrito em seu braço o nome da maternidade Fernando de Magalhães, na Zona Norte, e os números das linhas de ônibus que poderia pegar para chegar até lá.

Na segunda (6), ela teve que ser transferida para a UTI e foi submetida a uma transfusão de sangue. Ela recebeu alta na terça.

Registro de ocorrência

Na segunda-feira, a delegada Tércia Amoêdo abriu um registro de ocorrência para apurar denúncia de descaso no atendimento a três grávidas - entre elas, Manoela -, no Hospital Miguel Couto.

A delegada solicitou os boletins de atendimento médico do hospital e da Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, na Zona Norte, onde as mulheres foram atendidas.

As outras duas grávidas que passaram pela mesma situação de Manoela tiveram os bebês na maternidade, sem problemas.

A delegada informou que também vai chamar o médico para prestar depoimento. Se ficar comprovada que a morte do bebê foi consequência da negligência do profissional, ele poderá responder por omissão de socorro com resultado morte, que tem pena alternativa prevista de 18 meses.

O médico do Hospital Miguel ficará afastado de suas funções até o fim das investigações sobre o caso.

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