Elen Cristina Curi Ferreira, apontada pela polícia como a responsável por encomendar a morte do namorado Felipe Lavina Machado, deixou o sistema penitenciário no dia 25 de maio, por força de um habeas corpus. Ela estava presa na Cadeia Pública Joaquim Ferreira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, desde o dia 21 de janeiro, quando foi detida pela segunda vez por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Por dois votos a um, os desembargadores da 6ª Vara Criminal decidiram que a jovem, de 23 anos, poderia aguardar o julgamento em liberdade. A primeira audiência referente ao caso está marcada para o dia 16 de junho, no Fórum de Nova Iguaçu, cidade da Baixada onde o crime ocorreu.
Felipe Lavina, de 27 anos, era dono de uma academia e foi morto depois de um assalto à sua casa, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Os bandidos tomaram R$ 10 mil que estavam em um cofre na residência, além de roupas e celulares, e levaram o empresário para o bairro K-11, em Nova Iguaçu, também na Baixada, onde ele foi executado com um tiro na cabeça, no dia 25 de outubro do ano passado.
Em depoimento na DHBF, ainda no fim de outubro, Elen contou que foi vendada e agredida pelos criminosos. A mulher também afirmou que o bando, composto por três homens armados, chegou à casa do empresário chamando-o pelo nome. Em seguida, o casal teria sido colocado em um carro e levado para Nova Iguaçu. Depois, Elen relatou ter levado coronhadas, sendo então abandonada com o veículo. Para a polícia, entretanto, o relato é falso, e coube a Elen a tarefa de facilitar o acesso dos assaltantes ao local.
Além da viúva, também respondem pela morte um menor de 17 anos, apreendido pela DHBF, e Luigi Sirino dos Santos. Elen e Luigi são réus no mesmo processo, pelo crime de latrocínio — o roubo seguido de morte. A pena pode chega a 30 anos de prisão.