No domingo de Dia dos Pais (8), o policial militar reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como ‘Largatixa’, estava passando a data comemorativa com a filha, quando ambos sofreram um atentado durante uma emboscada. Os assassinos atiraram apenas na garota, que foi atingida com tiros no rosto e não resistiu aos ferimentos.
Após o assassinato, Wendel enviou áudios em grupos do WhatsApp relatando o ocorrido e pedindo socorro. Em prantos, ele diz: “mataram minha filha, mas me deixaram vivo”.
Além disso, em um vídeo que circula pelas redes sociais, Wendel aparece transtornado após a morte da filha.
Histórico criminal
O pai da garota executada, Wendel Fagner Cortez de Almeida, é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa que atua em grupo de extermínio.
De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), um grupo de 15 criminosos seria responsável pelo assassinato de 16 pessoas, de 2011 a 2015, por várias motivações.
“Eles começaram matando bandidos e, depois, acabaram transcendendo o papel de justiceiros. Eles passam a receber dinheiro e atuam como matadores de aluguel mesmo”, disse Rubens França, delegado da Polícia Federal. Dos envolvidos, 12 são policiais militares da reserva ou ativa.
Wendel já havia sido preso pela operação Hecatombe, da PF, em 2013, por fazer parte de um outro grupo de extermínio. Mas, em maio de 2015, ele foi solto porque a Justiça entendeu que o prazo da prisão preventiva estava extrapolado. Isso porque o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) teria demorado para organizar as provas contra o acusado no processo.
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