A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí apresentou formalmente, na segunda-feira (20), os 33 policiais civis da Força Nacional de Segurança que trabalharão em Teresina nos próximos três meses. A reunião de apresentação da equipe foi realizada na sede da Academia da Polícia Civil (Acadepol), localizada na zona Sul da capital.
No encontro foi discutido como será a atuação do efetivo da Força Nacional no Estado. O reforço é composto por dois delegados, seis escrivães, sete peritos e 18 agentes. De acordo com o secretário de Segurança, Fábio Abreu, a prioridade da ação dos policiais é acelerar o andamento de inquéritos e laudos periciais de crimes considerados de natureza grave.
“Os inquéritos que serão finalizados pela Força estão relacionados aos crimes hediondos, como homicídios e latrocínios. São casos em que a sociedade precisa ter resposta, seja a condenação ou absolvição do suspeito.
A atuação desse efetivo em Teresina será importante, porque vai proporcionar aos delegados a possibilidade de dar continuidade aos inquéritos atuais sem se preocuparem com os antigos”, observa o secretário Fábio Abreu.
O corregedor geral da Polícia Civil, delegado Adolfo Henrique, disse que ainda não tem o número exato de quantos inquéritos estão necessitando de atualização. No entanto, ele conta que levantamento prévio aponta uma média de 150 a 160 procedimentos de investigação que precisam ganhar celeridade.
“O que a gente tem, a princípio, são inquéritos dolosos que estão parados nas delegacias. Ainda vamos acertar com as partes envolvidas, quais serão os parâmetros de como serão feitos esses trabalhos. A expectativa é que os inquéritos sejam referentes do ano de 2010 a 2012”, explica o corregedor Adolfo Henrique.
O superintendente estadual de Polícia Técnico-Científica, Antônio Nunes, esteve na apresentação oficial do efetivo e afirmou que a presença dos policiais civis da Força Nacional será de total importância para os trabalhos periciais feitos no Estado. O médico legista ressaltou que o Piauí possui apenas três peritos em balística, sendo que dois destes irão se aposentar em breve.
“São poucos cursos para formar peritos em balística, e por isso esse setor tem menos gente do que o necessário em todo Brasil. A demanda é muito alta. Imagina o tanto de arma que é apreendida, que foi usada em um homicídio que tem que ser periciada.
A vinda desse efetivo é importante porque vamos ter peritos que ficarão responsáveis somente por esse setor e agilizar no andamento dos laudos”, coloca o superintendente de Polícia Técnico-Científica.
A sede da Academia de Polícia Civil será o local de trabalho dos delegados, escrivães e agentes, já os peritos vão utilizar a sede do Instituto de Criminalística para desenvolverem suas atividades.
O tempo de permanência da equipe é de três meses, podendo ser prorrogado. O Piauí já conta com um efetivo de 85 policiais militares da Força Nacional de Segurança que atuam em conjunto com as forças policiais desde 16 de março deste ano.