O motoboy Sandro Dota, acusado de matar a estudante Bianca Consoli em setembro de 2011, retorna ao banco dos réus a partir das 10h desta segunda-feira (16), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Acusado de homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) e de estupro, Dota começou a ser julgado em Julho deste ano, mas no momento do interrogatório, já no terceiro dia, desconstitui o advogado de defesa e o júri precisou ser remarcado.
Ao exemplo da primeira vez, 17 testemunhas foram convocadas: sete pelo promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior, uma pela assistência de acusação e nove pela defesa. A informação é da assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A lista com os nomes ainda não foi divulgada, mas a maior parte das testemunhas arroladas no primeiro júri popular deve ser ouvida novamente. Entre elas, familiares da vítima, como Marta e Daiana Consoli, mãe e irmã de Bianca.
Ainda conforme o TJ-SP, o plenário dez, onde acontece o julgamento, foi reservado para cinco dias. Os trabalhos serão conduzidos pela juíza Fernanda Afonso de Almeida, da 4ª Vara do Júri.
Antes de começar o julgamento, uma escrevente de sala vai sortear sete jurados entre os convocados pela Justiça. Tanto a acusação quanto a defesa podem recusar, por três vezes, o jurado sorteado. Por fim, os escolhidos vão integrar o Conselho de Sentença, que será instalado pela juíza.
As primeiras testemunhas ouvidas serão as de acusação. Na sequência, acontecem os depoimentos das de defesa.
Após esta etapa, chega o momento do interrogatório do réu, último ato processual antes dos debates, que duram, em geral, uma hora e meia para cada lado. Se o promotor decidir pela réplica, a defesa terá direito a tréplica. Cada uma das partes dispõe de uma hora.
Ao final, os jurados se reúnem em uma sala secreta para responder aos quesitos que serão apresentados. Depois da votação, a juíza estipula a pena do réu e dá sua sentença final.