A violência nas agências bancárias piauienses continua acontecendo em níveis alarmantes. De acordo com levantamento do Sindicato dos Bancários do Piauí, nos seis primeiros meses de 2015, o número de assaltos e arrombamentos aos bancos localizados, sobretudo, no interior do Estado, já superou ao que foi registrado em todo ano de 2014.
Os índices são preocupantes. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Arimatea Passos, no ano passado 18 agências bancárias foram alvos de assaltos ou arrombamentos. Já de janeiro a julho de 2015, esse número acresceu para 24.
"É um dado que preocupa porque se na metade do ano já superamos o alcançado em 2014, imagina quando acabar 2015", disse Arimatea Passos.
O Sindicato dos Bancários considera o problema grave pois além de causar prejuízo aos bancos e funcionários, provoca também transtorno à população em geral, que fica sem acesso ao serviço bancário.
"As agências que são alvos de ações criminosas geralmente ficam até dois meses sem funcionar", conta Arimatea. Para tentar diminuir ou dificultar ocorrência de assaltos e arrombamentos, a entidade acredita que é preciso que o poder público e os interessados se unam para que o efetivo policial das cidades aumente.
O último crime dessa natureza registrado no Piauí, ocorreu na terça-feira (04), no município de Jaicós, localizado no Sul do Estado, o que soma, até a data, 25 agências bancárias alvo de bandidos. Criminosos arrombaram a agência do Banco do Brasil da cidade.
Arimatea afirma que no momento da ação, só havia três policiais militares de plantão. "Isso facilita muito a atuação dos bandidos", ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários.
TRAUMAS - Diante dos altos índices de assaltos, parte dos funcionários das agências bancárias do Estado, desenvolveram algum tipo de trauma psicológico.
Segundo o sindicato que contempla a categoria, alguns bancários, principalmente os que trabalham fora da capital, vivem assustados, com medo de, a qualquer momento, ocorrer roubos nas agências em que trabalham.
"Em uma cidade sem policiamento é mais fácil ocorrer esses casos. Quem trabalha no interior conta praticamente apenas com a segurança dos bancos mesmo", relata Arimatea Passos, presidente do Sindicato dos Bancários.