Seis mulheres já registraram boletim de ocorrência e mais duas disseram que irão prestar queixa contra o ginecologista Rogério Pedreiro, 48 anos, segundo a delegada da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, Lisandreia Colabuono.
"Temos duas mulheres em nosso inquérito, outra que fez a denúncia anteontem (segunda-feira), e mais três que já fizeram B.O. Duas pacientes dele também já ligaram para a delegacia e disseram que viriam prestar queixa até o fim da semana", disse Lisandreia.
O ginecologista foi preso na sexta-feira suspeito de abusar sexualmente de suas pacientes. Pedreiro teve a prisão preventiva decretada depois que a polícia iniciou a investigação das denúncias. Uma das pacientes, uma comerciante de 49 anos, relatou que estava em consulta com o médico e notou que ele demorou para examiná-la mais do que de costume. Conforme a vítima, o ginecologista parecia estar se masturbando.
De acordo com a comerciante, o médico também examinou sua filha, uma vendedora de 24 anos que estava grávida. A mãe da vítima relatou que o acusado, além de demorar na consulta, teria feito movimentos bruscos durante o atendimento.
Após as denúncias, a polícia fez pesquisas sobre o médico e descobriu que outras acusações foram feitas por quatro vítimas diferentes e de vários lugares da capital paulista. Não havia, entretanto, nenhuma condenação. Um inquérito foi aberto e a delegada, depois de ouvir testemunhas, pediu a prisão do ginecologista.
Segundo a SSP, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo foi imediatamente comunicado dos fatos e instaurou uma sindicância para apurar a conduta do ginecologista. O médico passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado à carceragem do 31º Distrito Policial da cidade.