A onda de violência na capital continua assustando os comerciantes teresinenses. Apesar de ter havido uma diminuição do número de arrombamentos a estabelecimentos comerciais no ano de 2012, em relação ao ano de 2011, o número ainda é significativo. Dados da Polícia Militar mostram que mais de 100 comércios foram assaltados no ano passado, em Teresina.
A loja de confecções da microempresária Francisca Amorim, localizada no bairro Dirceu, zona Leste de Teresina, está entre os mais de 100 estabelecimentos vítimas dos assaltantes no ano passado. A proprietária disse que em menos de um mês sua loja foi assaltada três vezes. ?O prejuízo chegou a R$ 20 mil, e como a loja é pequena, esse valor é muito alto e fez muita falta?, reclamou. Para tentar inibir os assaltantes, Francisca conta que teve que investir em segurança.
?Mudei a loja de local, coloquei alarme, câmera, reforcei a segurança das portas e portões com cadeados mais seguros. Isso tudo para ter uma estrutura mais segura e tentar evitar estes assaltos?, afirmou.
Já a comerciante Graça Vieira conta que depois de ter sido alvo dos assaltantes, colocou grades no seu estabelecimento, para evitar a ação dos bandidos. ?Se nós deixarmos qualquer abertura para eles, eles entram e levam tudo que eles desejam. As grades foram uma forma que eu encontrei de tentar inibi-los, mas mesmo com essa medida, eles já assaltaram novamente?, lamentou.
O relações públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Sá Júnior, afirma que esse investimento em segurança faz parte do conjunto de medidas que podem ajudar a inibir os bandidos. ?A polícia não é onipresente. A nossa parte nós fazemos, mas as pessoas também precisam fazer a delas. O ideal é que as lojas tenham um vigilante noturno?, disse.
As residências também são foco destes assaltos. Em 2011, foram 364 residências assaltadas, já em 2012 foram 376 casas. Segundo informações da PM, a maioria destes assaltos acontece em meses de férias e em épocas de feriados prolongados. ?Como no ano de 2012 nós tivemos muitos feriados, as pessoas viajaram mais e as residências acabaram virando o alvo preferido dos assaltantes?, disse Sá Júnior.