A Organização Não Governamental (ONG) Rio de Paz realiza uma passeata na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, a partir das 14h deste domingo, para cobrar justiça no caso do menino Juan de Moraes, 11 anos, que desapareceu na noite de 20 de junho, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e teve a ossada localizada 10 dias depois na cidade vizinha de Belford Roxo. Quatro policiais militares são suspeitos do crime e foram presos.
Com faixas e estatísticas espalhadas pela orla de Copacabana os manifestantes terão destino final na avenida Princesa Isabel. Aproximadamente 3 mil rosas estarão com os adeptos ao movimento, que vestirão uma blusa preta. As flores serão enterradas ao lado de uma cruz de 5 m de altura. Máscaras com o rosto de algumas vítimas de homicídio e desaparecimento também vão ser distribuídas aos manifestantes.
"Os índices de elucidação de autoria de homicídio e punição dos culpados no Estado do Rio de Janeiro são tão baixos, que quem mata o faz sem o mínimo temor da lei. É a tão falada impunidade, uma das causas da maioria das mais de 30 mil mortes violentas entre os anos de 2007 e 2011", disse o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa.
As principais reivindicações da Rio de Paz para a passeata contra a impunidade são julgamento e punição para os assassinos de Juan, manutenção da investigação em casos de auto de resistência, maior investimento em verbas e pessoal em corregedorias externas às polícias Civil e Militar, trabalho diligente e cuidadoso na elucidação da autoria de homicídio doloso e investigação dos casos de desaparecidos com indícios de homicídio.