Operação da PF prendeu cinco servidores do INSS e apreendeu R$ 51 mil

De acordo com o delegado Albert Sérvio, um dos presos na operação é um ex-gerente executivo do INSS no Piauí.

Polícia Federal | Ascom
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Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 28 de janeiro, a Polícia Federal do Piauí explicou detalhes de como funcionava o esquema criminoso envolvendo os servidores do INSS que são especializados na concessão fraudulenta de benefícios de salário-maternidade e aposentadoria por idade rural, mediante a falsificação de documentos públicos e privados e o direcionamento de requerimentos.

De acordo com Reinaldo Camelo, delegado de Polícia Federal, a operação deu cumprimento a oito mandados de busca e apreensão e ao todo cinco pessoas foram presas. “Demos cumprimento a oito mandados de busca e apreensão com objetivo de realizar prisões temporárias e preventivas, ao todo tivemos prisões de quatro mulheres e um homem e apreensão de 51 mil reais e dois veículos. Esses resultados eram previstos e nós temos a operação como satisfatória”, declarou.

Polícia Federal deu detalhes da ação do grupo criminoso em coletiva - Foto: Divulgação/PF

O também delegado da PF, Albert Sérvio, detalhou como funcionava a ação do grupo criminoso. “Tinha uma divisão muito clara de tarefas então existia um núcleo de arregimentadores, que eram pessoas especializadas em buscar falsos beneficiários, e essas pessoas eram recrutadas não só aqui no Piauí, mas também no Ceará. Essas pessoas que eram arregimentadas cediam seus dados pessoais e a partir desses dados os integrantes da organização criminosa produziam documentos falsos e davam entrada em pedidos de benefícios principalmente de aposentadoria. Imediatamente após o protocolo do pedido de benefício esses pedidos eram direcionados ao servidor envolvido na organização criminosa que providenciava de imediato o deferimento desses requerimentos, mesmo esses requerimentos estarem sem a mínima documentação adequada para processos desse tipo”, disse. 

“O pagamento das vantagens indevidas ocorria logo após o deferimento dos benefícios quando o beneficiário era acompanhado pela organização criminosa até as agências bancárias para fazer empréstimos consignados, então o dinheiro arrecadado com esses empréstimos era destinado ao pagamento das vantagens indevidas e daí para frente o falso beneficiário ficava recebendo a sua aposentadoria por tempo indeterminado. Infelizmente nós já temos um número muito consistente e que provavelmente vai aumentar de benefícios que serão suspensos”, afirmou.

“Temos um perfil muito variado de pessoas , são pessoas de baixo, médio e médio para alto perfil econômico , então não são somente pessoas de baixo perfil econômico é muito variado as pessoas que se utilizam desse tipo de esquema para receber dinheiro indevido. Eles atuavam principalmente entre Parnaíba, Luís Correia e Camocim , além de alguns benefícios que foram trabalhados em Teresina”, informou.

Ainda de acordo com o delegado Albert Sérvio, um dos presos na operação é um ex-gerente executivo do INSS no Piauí e que já estava afastado por conta de outra operação anterior, também realizada pela Polícia Federal. “Um dos servidores públicos ocupou a função de gerente executivo do INSS no Piauí, já estava afastado por conta da Operação Bússola deflagrada pela Polícia Federal de Teresina no ano passado e o outro servidor estava em exercício na agência do INSS de Parnaíba e está afastado a partir de hoje”, finalizou. 

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