Forças de segurança realizam operação em quatro comunidades da Zona Sul do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (9). São elas: Rocinha, Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade. A ação envolve cerco, estabilização da área e remoção de barricadas. Mais de mil agentes participam da ação, de acordo com o Comando Militar do Leste.
O general Braga Netto, interventor na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, supervisiona pessoalmente a ação na Rocinha.
Até 10h22, quatro pessoas haviam sido presas.
Um forte tiroteio foi ouvido na Rocinha no começo da ação. Moradores também relatam helicópteros no entorno da comunidade. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Autoestrada Lagoa-Barra foi interditada nos dois sentidos às 6h, para ação das forças de segurança. A via foi reaberta às 7h44.
Por volta das 8h22, mais tiros foram ouvidos na comunidade. Moradoras que tentavam pegar ônibus em frente à comunidade foram obrigadas a se abaixar para se proteger dos disparos. "Eu estou acostumada. Isso é todo dia, não para. Alguém tem que fazer alguma coisa, a gente precisa trabalhar. Não temos mais vida normal aqui dentro", afirmou uma moradora, agachada.
A Polícia Militar trabalha no bloqueio de possíveis rotas de fuga de criminosos. A Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais e cumpre mandados judiciais. A Polícia Federal também está nas comunidades.
As Forças Armadas contam com o apoio de veículos blindados, helicópteros e equipamentos pesados, como escavadeiras, para liberar ruas.
Na Avenida Niemeyer, também há bastante reforço no policiamento.
Esta é a primeira ação das Forças Armadas na Rocinha desde o começo da intervenção, em fevereiro. É também a primeira vez que a Polícia Federal participa de uma açao em parceria com os militares na mesma área desde o começo do processo de intervenção na segurança pública do RJ.