A operação Escudo da Polícia Militar (PM) de São Paulo, que busca localizar e prender os assassinos do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, na Baixada Santista, já resultou em pelo menos 14 mortes até esta terça-feira (1º). Essa operação é considerada a mais letal do estado de São Paulo desde os "crimes de maio" de 2006, quando as forças de segurança reagiram aos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mataram ao menos 108 pessoas, segundo a Defensoria Pública. As informações são do g1.
A ação deste ano já fez mais vítimas que a "operação Castelinho", que ocorreu em 2002, numa praça de pedágio de uma rodovia, e deixou 12 mortos. Eles eram suspeitos de integrarem facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. Na época, o caso foi considerado uma emboscada por entidades de direitos humanos.
Os "crimes de maio" também foram objeto de uma investigação pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2021, em decorrência da suspeita de violação dos direitos humanos e omissão na investigação desses eventos.
Entre 12 a 26 de maio de 2006, 564 pessoas foram baleadas e outras mortas durante a onda de violência. Dessas vítimas, 505 eram civis e 59 policiais civis, militares, agentes penitenciários e bombeiros. Outras 110 vítimas ficaram feridas por armas de fogo. Quatro pessoas ainda desapareceram nesse conflito e nunca mais foram encontradas por seus familiares.
Operação Escudo
A Operação Escudo começou em 28 de julho após a morte do policial Patrick Bastos Reis. O crime gerou uma grande mobilização policial no litoral. A operação, que conta com a participação de 600 agentes das equipes especializadas das polícias Civil e Militar da região litorânea de São Paulo, foi realizada com o objetivo de capturar o suspeito responsável pelo crime. O suspeito foi finalmente detido na Zona Sul de São Paulo. A previsão é que a operação continue até 28 de agosto.