Ordem de ataques partiu de presídios, confirma Beltrame

Sexta-feira amanheceu com policiamento reforçado nas áreas das UPPs atacadas

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O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, confirmou nesta sexta-feira que a ordem para os ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro partiram de chefes de uma facção do tráfico que estão em um presídio. Beltrame passou a madrugada reunido com o governador Sérgio Cabral e o comando da Segurança Pública no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e seguiu para Brasília a fim de pedir ajuda federal.

?Nós temos, sim, confirmado. Eu posso dizer isso a vocês, nós temos isso confirmado. E o que nós viemos fazer aqui (no CICC) é exatamente um plano para que nós possamos proteger sem dúvida nenhuma a cidade de mais esta crise", afirmou Beltrame quando questionado se a ordem de ataque havia partido de presídios.

O policiamento segue reforçado na manhã desta nesta sexta-feira nas regiões com unidades de Polícia Pacificadora que foram atacadas por bandidos, principalmente no Complexo de Manguinhos. A Avenida Leopoldo Bulhões ficou fechada por quase seis horas e os moradores da comunidade passaram 12 horas sem luz.

O conflito começou por volta das 18h de quinta-feira, quando o comandante da UPP Manguinhos, na zona norte da capital fluminense, capitão Gabriel Toledo, foi ferido na perna direita durante uma manifestação contra a desocupação de um prédio ao lado da Distribuidora de Suprimentos Disup, para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na avenida Leopoldo Bulhões.

Durante o protesto, um policial foi atingido por uma pedra na cabeça e carros da polícia também foram atacados. A via foi interditada pelos moradores com a queima de pneus e pedaços de madeira. Depois disso, criminosos se infiltraram no protesto e iniciaram o tiroteio que teria atingido o comandante. Os criminosos atearam fogo em um contêiner de uma base avançada da UPP Manguinhos, na comunidade da Mandela.

Toledo foi baleado na perna e levado para o Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) e depois transferido para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), onde permanece em observação. Já o policial ferido na cabeça foi levado para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Penha e também está em situação estável.

Em nota, Cabral definiu os ataques como ?uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do poder público.?

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