Padrasto é suspeito de espancar um bebê de 10 meses

A criança foi internada com fraturas no crânio, devido a violentos e sucessivos golpes.

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Um bebê de 10 meses pode ter sido espancado pelo padrasto até entrar em coma, na tarde de sábado, no Rio de Janeiro. Ivan de Freitas Gomes, 19 anos, teria batido na menina Vitória Gonçalves da Silva por ciúme de seu pai, o serralheiro Marco Antonio Lima, 32, que tentava se reaproximar dela e da mãe da criança, Lígia Gonçalves da Silva, 20. Vitória está internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, com fraturas no crânio, devido a violentos e sucessivos golpes.

A mãe disse que vinha tentando se separar de Ivan. "Ele nunca me agrediu, nem a minha filha. Mas me disse assim: "Se eu souber que o Marco viu a Vitória, você não sabe do que eu sou capaz", contou. Na última semana, Lígia começou a trabalhar e deixou a menina sob os cuidados do padrasto, que estava desempregado. Às 15h40 de sábado, Ivan surgiu com o bebê no Hospital Getúlio Vargas, dizendo que ela estava tendo uma. "Essa criança levou pancadas na cabeça. E ele não soube explicar essas lesões. Disse que ela estava chorando demais. O Ivan forçou a Vitória a beber o leite e, por isso, foi parar no pulmão. Depois falou que ela tinha caído de um colconhete", disse o delegado Leandro Gontijo, da 22ª DP. Ele afirmou que "não há dúvida" de que o padrasto espancou a criança e o prendeu por tentativa de homicídio.

"Ela está com os olhos estufados, o cérebro inchou. Ela teve uma parada cardíaca. A médica foi bem clara comigo. Disse que após fazer um eletro, viu que ela está com traumatismo craniano, com hemorragia interna. Se sobreviver, normal a minha filha não vai ficar. Eu posso perdê-la a qualquer momento. Eu não sei se choro ou se oro. Eu só quero a minha filha de volta", disse Lígia. O pai Marco Antonio está revoltado: "Eu quero que ele apodreça na cadeia. É um covarde. Eu só queria estar com a minha filha, me aproximar dela. Foi vingança, e da pior espécie."

Ivan recebeu voz de prisão no próprio hospital, quando foi chamado para esclarecimentos sob o que aconteceu com a menina, no domingo. Os laudos indicam que houve agressão. Os traumas na cabeça da criança são recentes. Ele foi enquadrado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima.

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