O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, indeferiu o pedido de liberdade provisória de André Rodrigues Marins, acusado de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva, da própria filha: Joanna Cardoso Marcenal Marins. A decisão foi tomada na segunda-feira (17). Esta é a quarta vez que o magistrado indefere o pedido de liberdade feito pela defesa de Marins. No dia 11 de janeiro, o juiz já havia negado o pedido de liberdade.
Joanna Marcenal, de 5 anos, morreu no dia 13 de agosto de 2010 vítima de meningite, contraída pelo vírus da herpes, após 26 dias em coma.
Marins e a esposa dele, madrasta da menina, Vanessa Maia Furtado, são acusados pelos mesmos crimes. Na Audiência de Instrução e Julgamento de segunda-feira (17) foram ouvidas cinco testemunhas, sendo duas de acusação e três de defesa. A próxima audiência foi marcada para o dia 7 de fevereiro.
Entenda o caso
Joanna morreu em agosto de 2010. O episódio da morte da menina envolve acusações de maus-tratos à criança e ainda erro médico, já que Joanna chegou a ser atendida por um falso médico.
Na época das investigações, a babá Gedires Magalhães de Freitas foi à polícia e contou que encontrou Joanna suja de fezes, com as mãos amarradas e deitada sob um colchão. Nesta segunda-feira, a babá voltou a afirmar que a menina vivia em condições precárias de higiene.
?Eu me assustei quando vi aquela cena, logo no meu primeiro dia de trabalho, e quando perguntei ao André porque a Joanna estava naquelas condições ele me disse que era por ordens médicas. Ele também pediu que eu não limpasse a menina e nem chegasse perto?, relatou a babá.
Gedires afirmou ainda que trabalhou no apartamento do casal por 15 dias e que foi demitida por não aceitar dormir na casa.
Apesar das condições em que contou que a menina vivia, Gedires afirmou que André Marins era um pai carinhoso e que chamava as filhas de ?minhas princesas?. Ela também falou que durante o período em que trabalhou não presenciou cenas de agressão física contra Joanna.