Ao sair do Departamento de Investigações, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (29), o pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, afirmou acreditar que a polícia tenha provas suficientes para o indiciamento dos suspeitos de envolvimento no sumiço da jovem. Samudio chegou ao DI às 9h30 e deixou o local por volta das 13h.
"O doutor Edson Moreira não tem um ás na manga. Ele tem um baralho inteiro", afirmou. O delegado Moreira presidente as investigações sobre o desaparecimento e suposta morte de Eliza. A jovem está desaparecida desde o início de junho e é considerada morta pela polícia.
Segundo advogado do pai de Eliza, Sérgio Barros da Silva, o inquérito será concluído nos próximos dias, e as provas da Polícia Civil contra os suspeitos são "robustas". Silva disse ainda que seu cliente não tem dúvidas de que Bruno é o mandante do crime.
Samudio mora em Foz do Iguaçu (PR) e foi a Minas Gerais para acompanhar a finalização do inquérito. Ele deve ficar por mais alguns dias em Belo Horizonte.
Lei Maria da Penha
O pai de Eliza afirmou que deve mover uma ação contra o Estado do Rio de Janeiro. "O Estado é tão culpado pela morte da minha filha quanto o Bruno. Se a Lei Maria da Penha tivesse sido aplicada, minha filha estaria viva e estaria criando o meu neto", diz Luiz Carlos.
O filho de Eliza, um bebê um cinco meses, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Luiz Carlos Samudio tenta reaver a guarda do neto, mas aguarda posicionamento judicial.