Pai de Eliza Samudio diz que não vai se entregar à Justiça

Luis Carlos Samudio disse ao R7 que está na Argentina e que é inocente

Luis Carlos Samudio, pai da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. | Arquivo Pessoal
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"Impotente" como quando soube da morte de sua filha. Assim o pai de Eliza Samudio, Luis Carlos Samudio, descreveu a sua sensação quando soube que havia um pedido de prisão contra si, decretado pela Justiça do Paraná. Em entrevista exclusiva ao R7 nesta segunda-feira (16), Samudio - que completa 44 anos nesta terça-feira (17) - declarou-se inocente da acusação de ter violentado sua filha mais nova (fruto de uma relação dele com a ex-cunhada) e afirmou que, embora esteja no momento na Argentina, não fugiu.

Defesa de Bruno responde a pai de Eliza

O engenheiro contou que já estava executando o projeto de um prédio comercial no país vizinho quando a decisão foi dada. Agora, mesmo com o projeto da construção concluído, Samudio afirma que vai permanecer na Argentina até que os recursos impetrados por seu advogado para impedir sua prisão sejam esgotados. Sergio Barros da Silva, advogado do engenheiro, diz estar disposto a levar o pedido de habeas corpus até o STF (Supremo Tribunal Federal). O pai de Eliza diz ainda não saber o que fará se a Justiça negar todos os pedidos de liberdade.

No último dia 12, a Justiça de Foz do Iguaçu (PR) determinou que o pai de Eliza, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, seja preso. O mandado de prisão foi assinado pela juíza Luciana Assad Luppi Ballalai. Luis Carlos é acusado de ter violentado sua filha mais nova. Na época do suposto crime, a menina tinha apenas dez anos. Na denúncia feita pela mãe da garota, Rosane Pilger, Samudio é acusado de ter abusado sexualmente da filha nos fins de semana que passava com ela.

Por este crime, Samudio já havia sido condenado em primeira instância a oito anos de prisão, mas recorreu da sentença e aguardava um novo julgamento em liberdade.

Trabalho

Samudio afirma que está na casa de um amigo de infância na Argentina, a cerca de 600 km de Foz do Iguaçu, cidade do oeste paranaense que fica na tríplice fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina. Com o dinheiro que ganhou no projeto de um prédio comercial naquele país, afirma que consegue se manter ?ainda por algum tempo?. O engenheiro afirma que o maior problema de estar fora do Brasil não é o financeiro.

? Difícil é ficar longe de meus filhos. Eles são tudo que eu tenho.

Segundo Samudio, ?ficar distante uns tempos? foi um conselho de seu advogado. Os dois teriam conversado pela última vez na quinta-feira (12), dia em que a Justiça decidiu prendê-lo.

? Ele [advogado] precisa [de tempo] para poder entrar com nossas provas definitivas de minha inocência.

Samudio diz confiar no depoimento de sua própria filha, a suposta vítima do abuso. Segundo ele, a denúncia foi uma estratégia de sua ex-mulher para lhe tirar a guarda da menina. De acordo com Silva, advogado do engenheiro, a juíza da 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu não aceitou uma declaração feita pela filha, atualmente com 18 anos, inocentando o pai. O pai de Ilza diz que as ?provas são reais?.

? A minha filha, que foi usada quando criança para me prejudicar, agora está adulta e falará toda a verdade.

Luta por Justiça

Outro motivo apontado por Samudio para não se entregar é sua "luta por justiça" e uma suposta pressão contra ele, arquitetada pela defesa do goleiro Bruno Fernandes e pela mãe de Eliza.

? Sou problema para a Sônia [mãe de Eliza] por causa do Bruninho [filho de Eliza e Bruno]. Em dois meses, mais ou menos, ocorrerá a definição da guarda de meu neto. Para o Bruno, sou a pessoa que o colocou na cadeia e estou e estarei lutando para que todos [os culpados] sejam sentenciados. [Comigo] fora do páreo, não haverá ninguém lutando por justiça em nenhum lado.

Os advogados de Sônia e Bruno negam as alegações de Samudio.

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