Os advogados de Alexandre Nardoni, acusado da morte da menina Isabella, visitaram na tarde desta quarta-feira (14) o Centro de Deten??o Provis?ria 2 de Guarulhos, na Grande S?o Paulo, onde ele est? preso.
De acordo com os defensores, Alexandre ficou surpreso ao saber que o desembargador Caio Cangu?u de Almeida n?o revogou na ter?a-feira (13) a pris?o dele e de sua mulher, Anna Carolina Jatob?. Ele foi informado da decis?o judicial por funcion?rios do CDP, segundo os advogados.
Preso desde quarta-feira (7), Alexandre disse acreditar que sua situa??o ser? revertida quando os advogados recorrerem ao Superior Tribunal de Justi?a (STJ). Ao se despedir de Alexandre, o advogado Ricardo Martins relatou ter dito: ?Cuide-se. N?s estamos trabalhando por voc?.
Alexandre est? preso em uma cela individual localizada na enfermaria do centro de deten??o. Os advogados ainda contaram que o pai de Isabella n?o conseguiu dormir na noite passada. Para eles, o estado psicol?gico de Anna Jatob? ? mais preocupante que o do marido.
Decis?o liminar
O desembargador Caio Cangu?u de Almeida rejeitou na ter?a-feira o pedido de habeas corpus, em car?ter provis?rio, da defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob?.
Ele reconheceu em seu despacho que existem ind?cios de autoria e provas da materialidade do crime contra o casal. Para o magistrado, a decis?o do juiz Maur?cio Fossen, do 2? Tribunal do J?ri da capital, est? "largamente fundamentada".
De acordo com Cangu?u de Almeida, a concess?o da liberdade ao casal s? seria poss?vel se ficasse evidenciada uma ?intoler?vel injusti?a? imposta aos acusados. O que, para Cangu?u de Almeida, ?n?o parece estar acontecendo?. Em seu despacho, o desembargador afirma que as circunst?ncias indicam comprometimento do casal com ?a autoria do inacredit?vel delito?.
O desembargador negou ainda o pedido de anula??o do recebimento da den?ncia, que fazia parte do mesmo documento. Cangu?u diz que reconhece os motivos que levaram o juiz de primeira inst?ncia a decretar a pris?o, como a possibilidade de o casal destruir provas ou colocar em risco a ordem p?blica.
Recurso no STJ
Ap?s o an?ncio da decis?o, a defesa do casal disse que estuda a possibilidade de recorrer ao Superior Tribunal de Justi?a (STJ). De acordo com Marco Polo Levorin, a defesa pode recorrer ao STJ antes mesmo de o m?rito do habeas corpus ser analisado pela 4? C?mara Criminal do tribunal.
"N?s vamos aguardar o julgamento do m?rito e n?o dispensamos a possibilidade de fazermos um [pedido de] habeas corpus para Bras?lia perante o Superior Tribunal de Justi?a (STJ). Estamos estudando e, se formos ingressar, ser? nos pr?ximos dias", afirmou Levorin. Segundo ele, em um poss?vel novo pedido ao STJ, a defesa vai sustentar o argumento de que n?o existem requisitos para decretar a pris?o preventiva do casal.