Pai de médica assassinada por ex-prefeito relata frieza do criminoso

Samir El-Aouar disse que a filha foi violentamente espancanda durante toda noite.

Juliana Ruas e Fuvio Luziano | Reprodução
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O pai da médica Juliana Ruas El-Aouar, violentamente espancada e assassinada em um quarto de hotel no último sábado (2), em Colatina, no Espírito Santo, contou que recebeu a notícia da morte da filha, de forma fria, pelo genro, o ex-prefeito Fuvio Luziano Serafim, o qual é o principal suspeito do crime. Ele foi preso ainda no sábado.

“Ele, o Fuvio, me ligou pela manhã, às 10 horas. Minha filha já estava morta, desde à noite, e ele me ligou pela manhã dizendo que havia acontecido uma coisa chata. Eu perguntei o que era e ele falou 'a Juliana está em óbito aqui'. Mas numa tranquilidade, eu quase enlouqueci! Comecei a chorar. Em seguida ele falou: chamei o samu [...]. Minha mulher logo acionou a polícia. A polícia chegou e ela já estava em óbito há muitas horas, toda machucada”, disse Samir Sagih El-Aouar, pai da vítima, à TV Globo.

O pai da médica ainda citou os detalhes dos ferimentos encontrados no corpo de Juliana Ruas El-Aouar, já que ele também é um profissional da medicina. Segundo Samir, a filha teve o crânio fraturado em duas partes, lesões no estômago, no baço e várias escoriações. Além disso, havia furos provocados por seringa, possivelmente usada para injetar morfina.

Samir Sagih à esquerda, a médica no meio e o suspeito pelo crime à direita | FOTO: Redes Sociais

“À noite, [ele] bateu tanto nela que quebrou o crânio dela em dois lugares, ele massacrou o estômago dela, retirado pelo IML para fazer o exame. [Ele] asfixiou mecanicamente minha filha. Ela era uma pessoa de 50 kg de peso, franzina, bonita. Ele, corpulento, arrebentou a minha filha a noite toda. Foi batendo até matar. Imagina o pavor da minha filha, gritando, os vizinhos do quarto escutaram, reclamaram e ninguém foi lá para poder tentar abrir a porta, conversar com ele. Talvez fosse a chance de salvar minha filha", lamentou Samir à TV Globo.

Fuvio Luziano Serafim, principal suspeito, foi preso ainda no sábado. Em nota, o advogado da família de Juliana afirmou que a Justiça negou a liberdade provisória ao ex-prefeito. Além dele, o motorista e suspeito de co-autoria, Robson Gonçalves dos Santos, também está preso.

"Vamos coletar as imagens do hotel, começar a analisar, receber os laudos cadavéricos, do local, faremos exames de luminol para ver outras marcas de sangue em outras partes do quarto, entrevistar outras pessoas", disse o delegado Deverly Pereira Júnior, da delegacia de Homicídios de Colatina.

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