Pai denuncia professor por enviar vídeos se masturbando a aluno em SC

O professor chegou a convidar o adolescente para sair momentos antes de enviar os vídeos. Ele foi afastado da escola e alvo de mandados de busca e apreensão em Itajaí, onde aparelho eletrônicos foram apreendidos.

Foto mostra uma montagem da viatura da Polícia Civil de Santa Catarina, que investiga o professor que teria enviado vídeos se masturbando e pedindo um encontro com um estudante de 16 anos. O caso ocorreu no último domingo (09) em Santa Catarina | FOTO: Reprodução
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A Polícia Civil de Santa Catarina investiga um professor acusado de enviar um vídeo em que se masturba para um estudante de 16 anos. O caso aconteceu na Escola Estadual Nereu Ramos, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. A informação sobre o inquérito foi confirmada nessa segunda-feira (10). O celular e o notebook do investigado  foram apreendidos. 

Segundo a Polícia Civil, o caso é tratado como como importunação sexual. Os vídeos enviados eram de visualização única (onde é possível assistir uma vez) e foram encaminhados na madrugada de domingo (9). O professor também teria mandado imagens em que aparece ejaculando, segundo o relato pai do adolescente, Rodrigo Ramos.

A conversa entre o profissional e o aluno foi divulgada pelo pai do garoto nas redes sociais. Rodrigo Ramos autorizou a divulgação das mensagens, onde também é possível ver que o educador convidou o aluno para um encontro.

"Meu filho só seguia o professor, como segue todos os professores [da escola], mas nunca teve nem contato com ele. Ele [professor] manda foto sem camisa, pedindo para se encontrar e que não falaria para ninguém. Ele [ainda o professor] já manda os dois vídeos. E na hora que meu filho abre o conteúdo já começa a xingá-lo" explicou o pai.

Montagem mostra o conteúdo da conversa entre o acusado e o adolescente | FOTO: Reprodução

De acordo com o pai do garoto, o professor estava admitido em Caráter Temporário (ACT) e lecionava as disciplinas de Inglês e Português, embora não desse aula para a vítima.

Segundo a delegada Viviane Mattos, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), o suspeito ainda não foi interrogado.

"O inquérito segue em andamento, para oitivas de eventuais testemunhas, interrogatório do suspeito e aguardaremos também o laudo", esclareceu a autoridade policial.

ESCOLA E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO AFASTAM PROFESSOR

Em nota publicada no domingo (9), a unidade de educação afirmou que o profissional está afastado da escola. Uma denúncia sobre o crime foi enviada para a 17º Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

A Secretaria Estadual de Educação (SED) disse que a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) está "realizando o acompanhamento da situação e já tomou as medidas cabíveis" junto com a equipe multidisciplinar do Núcleo de Prevenção à Violência nas Escolas (NEPRE).

O QUE DIZ A LEI

A legislação brasileira caracteriza como crime de importunação sexual a realização de ato libidinoso sem o consentimento da vítima. Toques inapropriados ou beijos "roubados", por exemplo, caracterizam o crime. Não há distinção se foi cometido presencialmente ou por meio virtual.

"Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro", especifica a legislação, que imputa pena de 1 a 5 anos de reclusão.

Até 2018, o crime era considerado apenas uma contravenção penal. No entanto, com a criação de um delito específico, o Código Penal foi alterado.

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