Pai e madrasta de Isabella voltam para presídio em SP

Alexandre e Anna Jatobá depuseram nesta quarta pela primeira vez no processo

Pai e madrasta de Isabella voltam para presídio em SP | Divulgação
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Depois de um interrogat?rio de quase seis horas, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob?, pai e madrasta da menina Isabella, voltaram para suas respectivas cadeias. O casal foi deslocado em carros separados, em um comboio que viajou sob forte esquema de seguran?a, chegando em Trememb?, na regi?o do Vale do Para?ba, a 138 km de S?o Paulo, por volta de 23h desta quarta-feira (28).

Alexandre e Anna Jatob? depuseram nesta quarta pela primeira vez no processo em que s?o acusados por homic?dio triplamente qualificado. Os dois responderam todas as perguntas do juiz Maur?cio Fossen, insistiram na tese de que uma terceira pessoa matou Isabella e se disseram v?timas da press?o da Pol?cia Civil.

Ap?s Anna ser ouvida por aproximadamente 3h30, Alexandre falou por duas horas. Seu depoimento terminou ?s 19h54. Ele tentou mais vez incriminar uma terceira pessoa e mostrou-se inconformado com o fato de a pol?cia nunca ter investigado outras pessoas, citando o porteiro, o pedreiro e o zelador.

Ao ser questionado pelo juiz por que estas pessoas deveriam ser investigadas, Alexandre Nardoni disse que a chave do apartamento ficou por cerca de quatro meses na portaria do pr?dio. Ele acrescentou que chegou a ter uma discuss?o ?spera com o pedreiro que realizou obras em seu apartamento e disse ainda que o porteiro n?o estava na portaria quando ele desceu do seu apartamento para tentar socorrer Isabella.

Antes disso, o pai de Isabella comentou sobre o seu relacionamento com Anna Carolina, confirmando que havia brigas ?normais, como de todo casal?. Ele afirmou tamb?m que Anna Jatob? costumava elevar o tom de voz nas discuss?es, mas que ela nunca o havia ofendido. No entanto, momentos depois, se contradisse, ao afirmar que j? havia sido xingado pela mulher. Alexandre Nardoni disse ainda que o relacionamento da atual com a ex-mulher era bom, que elas conversavam normalmente.

Tamb?m durante o depoimento, Nardoni atacou a conduta da Pol?cia Civil durante as investiga?es do assassinato de Isabella. Disse que foi ?coagido? pelos policiais, que o culpavam pelo crime. Ele chegou a afirmar que o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9? Distrito Policial, no Carandiru, o chamou de ?psicopata frio?.

O r?u tamb?m atacou a delegada-assistente, Renata Pontes, afirmando que ela o chamou de ?assassino?. Anna Carolina disse que a delegada pressionou para que ela culpasse o marido pelo crime.

Em nota, Renata Pontes negou as acusa?es.

Sempre algemado, como a mulher, Alexandre disse que o pai dele, advogado Antonio Nardoni, ouviu a confus?o na delegacia e interveio. O pai de Isabella respondeu ?s perguntas de Fossen de maneira calma e clara.

De acordo com os assessores do Tribunal de Justi?a que acompanharam o depoimento, ele explicou passo a passo tudo o que lhe foi questionado e relatou como foram os ?ltimos momentos de Isabella, repetindo, de maneira geral, o que j? havia dito no in?cio do caso.

Contou ao juiz que, assim que ele e Anna Jatob? chegaram ao pr?dio onde mora, pegou a filha no colo para coloc?-la para dormir. Desceu, pegou o filho Pietro, enquanto Anna carregava o ca?ula, Cau?. Ao voltar ao apartamento, viu que a luz estava acesa no quarto e que havia um buraco na tela. Com o menino no colo, se aproximou da janela e colocou a cabe?a para fora. Neste momento, afirmou ter ficado ?desesperado? ao ver o corpo da filha no jardim.

Alexandre disse que reparou manchas de sangue em cima da cama, no ch?o do quarto e na tela da janela. Negou existir sangue no corredor do apartamento. Tamb?m repetindo o que Anna Carolina disse, o r?u contou que desceu no elevador com a mulher e as crian?as para ver Isabella. Colocou a m?o em seu cora??o e viu que ela estava viva.

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