Pai, madrasta e amiga são indiciados por morte de Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos

Bernardo Boldrini | Divulgação
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou, nesta terça-feira, os três suspeitos pela morte do menino Bernardo Boldrini. Segundo as investigações, o pai da vítima Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, atuaram como mentores e executores nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Já a assistente social Edelvânia Wirganovicz é apontada apenas como executora dos mesmos crimes. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, cujo carro foi visto próximo ao local onde o corpo foi enterrado, não foi apontado pela polícia como participante do crime.

"O Leandro, em seus primeiros depoimentos, relatou que não tinha problemas de relacionamento com Bernardo, nem Graciele. Que eram só probleminhas básicos. Isso foi desmascarado com várias testemunhas, ligações, que falam que eles tinham problemas sim. Ele (Leandro) tentou nos induzir a uma realidade que não existia quando afirmou que ele e o filho e Graciele não tinham problemas de relacionamento", ressaltou a delegada responsável pelo caso, Caroline Bamberg Machado, na coletiva sobre o caso.

A delegada disse que familiares de uma das indiciadas comentaram nas escutas telefônicas feitas com autorização judicial que acreditam que o mentor da história foi o médico. "Inclusive uma melhor amiga dela (Graciele) diz que ela não teria capacidade para arquitetar um plano tão bem bolado desses", afirmou.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de ? segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime

Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal. No dia 10 de maio, um quarto suspeito de envolvimento no crime foi preso: Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. Para a polícia, indícios apontam que ele participou da ocultação de corpo do menino.

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