PanAmericano: PF investiga outras empresas de Silvio Santos

PF constatou que pelo menos três executivos do PanAmericano tinham patrimônios incompatíveis com o salário de R$ 50 mil, sem bônus.

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Auditores e delegados da Polícia Federal (PF) investigam outras empresas do Grupo Silvio Santos para tentar encontrar a origem do rombo de R$ 2,5 bilhões no banco PanAmericano. Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, o grupo responsável por apurar o caso não detectou até agora as fraudes dentro da instituição financeira. A hípotese considerada é de que ex-diretores do banco desviaram dinheiro de empresas não-financeiras da holding, já que elas não tinham supervisão do Banco Central.

De acordo com a publicação, a PF constatou que pelo menos três executivos do PanAmericano tinham patrimônios incompatíveis com o salário de R$ 50 mil, sem bônus. O dinheiro das outras empresas seria retirado por meio de simulação de prestação de serviços pelos diretores do banco. A Polícia estaria concentrando investigações na Baú Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, a Silvio Santos Factoring e o Consórcio PanAmericano.

Entenda

O Banco PanAmericano anunciou em novembro que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo BC. Um processo administrativo de investigação apura a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos.

A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.

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