A Polícia Científica confirmou durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (12), que os quatro jovens encontrados mortos dentro de uma BMW no dia 1º de janeiro em Balneário Camboriú, morreram por asfixia causada pelo monóxido de carbono emitido pelo sistema de ar do carro. A hipótese de envenenamento pela substância inodora e altamente tóxica já havia sido considerada durante o curso da investigação. Durante a análise, os laudos confirmaram que o gás foi liberado através do sistema de ar-condicionado do veículo, que havia sido modificado em várias ocasiões.
A investigação ainda continua para buscar esclarecimentos. De acordo com o delegado Vicente Soares, os responsáveis pelas alterações no veículo podem ser responsabilizados por homicídio culposo.
"É necessário ouvir esses mecânicos que realizaram a modificação desse equipamento, mas, no momento, o inquérito tende a incluir o indiciamento por homicídio culposo, embora ainda esteja em fase de conclusão", afirmou o delegado.
Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16, foram encontrados desacordados dentro do carro estacionado na rodoviária da cidade. Embora tenham sido socorridos, as mortes foram confirmadas no local.
Segundo relatos de testemunhas ouvidas pela Delegacia de Investigação Criminal (DIC), antes do grupo chegar a Balneário Camboriú para a festa de Réveillon, Ribeiro, que dirigia o carro, mencionou aos familiares que sentiu um "engasgo" no veículo. Contudo, as vítimas prosseguiram para o evento.
Desde o início da investigação, foram realizados mais 15 exames nos corpos, no veículo e no local onde o grupo foi encontrado. Segundo Andressa Boer Fronza, Perita-Geral da Polícia Científica, os laudos evidenciaram uma concentração significativa de monóxido de carbono no sangue das vítimas, juntamente com indícios de asfixia e outras características nos corpos.
A perícia também esclareceu que nenhuma substância ilícita foi encontrada dentro do veículo. Além disso, o condutor da BMW não apresentava presença de álcool no sangue.