Pastor afirma que crianças abusadas também eram culpadas e gera revolta na web

Segundo o pastor, “existem situações que quando acontece um abuso de uma criança, a criança é também culpada, porque ela deu lugar.

Pastor Jonas Felício Pimentel fez uma declaração controversa | Reprodução/Redes Sociais
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Durante um culto, o líder da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, o pastor Jonas Felício Pimentel, fez uma declaração controversa, sugerindo que, em certos casos, crianças vítimas de abuso sexual podem ter alguma culpa nos crimes cometidos contra elas. Esse trecho do culto ganhou repercussão na internet, gerando indignação entre alguns internautas.

DECLARAÇÃO - Segundo o pastor, "existem situações que quando acontece um abuso de uma criança, a criança é também culpada, porque ela deu lugar. Crianças também têm culpa, têm participação, mas não todos os casos. Eu quero deixar isso bem claro."

REPERCUSSÃO - Um vídeo com a fala do pastor foi compartilhado online e tem sido amplamente comentado desde então. No vídeo, o pastor menciona um caso específico de uma criança de 5 anos que foi abusada sexualmente por primos, sugerindo que os pais deveriam evitar que seus filhos durmam na casa de outras pessoas, mesmo parentes, para prevenir abusos.

POSIÇÃO - Jonas Pimentel continua argumentando que o lugar das crianças é ao lado dos pais, exceto em "circunstâncias imperiosas que não permitem tal coisa".

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VISUALISAÇÕES - A reação negativa foi imediata, com o vídeo alcançando mais de 170 mil visualizações e gerando muitos comentários indignados. Alguns pediram por uma investigação sobre as declarações do pastor, enquanto outros consideraram sua fala uma apologia à pedofilia.

ARTISTA - A controvérsia também chegou ao conhecimento da cantora e apresentadora Xuxa Meneghel, que expressou sua indignação em um post sobre o assunto.

POLÊMICA - Não é a primeira vez que a igreja Tabernáculo da Fé se envolve em polêmicas. Em 2021, o pastor Joaquim Gonçalves Silva, de 85 anos, foi investigado por abuso e importunação sexual contra pelo menos quatro mulheres que frequentavam a igreja. As mulheres afirmaram que os abusos ocorreram quando estavam em momentos de fragilidade, buscando conselhos religiosos. Após os abusos, elas teriam sido chantageadas a não contar a ninguém ou seriam "amaldiçoadas".

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