Pastor prometia viagem para fazer sexo no Maranhão

Cinco garotas menores de idade freqüentavam a igreja Filadélfia da Amazônia

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Cinco garotas menores de idade que freq?entavam a igreja Filad?lfia da Amaz?nia, na Estiva, deram seus depoimentos ao delegado Jos? Nilton, na Superintend?ncia de Investiga?es Criminais (SEIC) em S?o Lu?s. Elas, os pais e parentes acusaram o pastor da congrega??o, Jair da Rocha, de pedofilia. Segundo relatos o suposto religioso teria prometido casar e levar as meninas para S?o Paulo em troca de rela?es sexuais, utilizando-se da sua posi??o como pastor.

Uma dessas garotas foi Rosa* (nome fict?cio), de dezessete anos. Moradora do bairro, ela confirma ter tido rela?es com o pastor, e inclusive que o mesmo a havia pedido em casamento. Segundo ela, o pastor agia chamando as meninas individualmente para um dos aposentos da igreja, dizendo haver tido uma ?revela??o de Deus?, e ent?o se aproveitava delas.

Ela que estava tendo uma rela??o com ele na ?poca ficou desconfiada do pastor, e conta que um dia foi ao quarto ao lado, onde havia um buraco na parede. ?Foi a? que eu vi ele se relacionando com uma outra menina? disse. Ela correu para contar para a sua m?e, que foi tirar satisfa??o com o pastor. Pouco tempo depois ela estava de volta, rindo, e com raiva das pr?prias filhas. ?Ela ficou com raiva da gente e parou de falar comigo e com a minha irm?.

?As meninas n?o diziam nada porque ele amea?ava elas, dizendo que se abrisse a boca iria matar a m?e ou o pai? disse Maria Iracy Carvaho Ramos, m?e de duas das menores que teriam sido aliciadas pelo pastor. Ele fazia essas alega?es usando de sua autoridade espiritual. Segundo relatos dos moradores, o pastor exercia um poder de intimidar as meninas, pois quando encostava a m?o em seus rostos, algumas desmaiavam ou ficavam, como disseram os moradores sem explicar direito, ?doidas?. A amea?a era feita tamb?m com o uso de um cajado. ?Ele dizia que se batesse com ele tr?s vezes no ch?o todas as portas se fechariam para a fam?lia? disse Rosa*.

Segundo mat?ria divulgada ontem ? tarde em uma r?dio da capital, uma das meninas, de apenas 13 anos, j? havia feito exames cl?nicos que comprovariam o contato intimo entre ela e o pastor. Tamb?m foi informado que Jair Rocha estaria se organizando para abrir uma nova igreja na Vila Flamengo.

Os freq?entadores da igreja disseram que o suposto pastor chegou ? comunidade h? mais de dois anos, e segundo um dos membros da congrega??o, j? chegou de forma conturbada. ?Ele brigou com o antigo pastor da Igreja, o pastor Nicanor, que acabou indo embora.? A partir de ent?o, h? aproximadamente dois anos, ele come?ou a pregar na Igreja Filad?lfia da Amaz?nia. H? dois meses ele sumiu do templo sem dar satisfa?es e levando uma menina de 15 anos, sobrinha de Rosa*, que teria ido por sua pr?pria vontade.

Desconfian?a

Desde o princ?pio o pastor come?ou a gerar a desconfian?a da comunidade. Segundo Maria Iracy Carvalho, durante todo o tempo em que passou na comunidade ele afirmava que iria trazer pessoas de sua fam?lia para que a comunidade os conhecesse, coisa que nunca fez. Tamb?m ela desconfiava de alguns encontros realizados pelo pastor em que s? participavam as jovens meninas.

Iracy contou tamb?m que ap?s um certo tempo de rela??o com as meninas, o pastor as chamava dizendo que havia tido uma revela??o de Deus sobre quem deveriam ser os seus maridos, e indicava com quais homens elas deveriam se casar. Segundo Iracy, ele havia feito isto com pelo menos seis meninas, inclusive com uma de suas filhas, de 16 anos, que se casou e ainda est? casada com o homem indicado por ele.

A m?e declarou ainda que Jair da Rocha sabia se expressar muito bem, e pregava a palavra de Deus com muita convic??o. Muitas vezes ele havia ido ? sua casa, tomar um caf? e conversar. Em uma delas, inclusive, havia sentado na mesa em frente a seu marido e duas filhas, e dito ao pai que ele iria se casar com uma delas assim que ela ficasse um pouco mais velha. ?Eu pensei que meu marido fosse bater nele naquela hora? disse. Seus documentos o identificam como de Londrina, no Paran?.

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