Segundo os autos que correm na comarca, o homem se aproveitou da confiança da adolescente, que o via como líder espiritual e, após ouvir em confidência seus problemas de relacionamento com a mãe, convenceu a moça a se deixar “purificar”, levando assim em duas ocasiões a praticar sexo oral com ela.
No primeiro abuso, o pastor teria pedido para a vítima passar água nos seios, molestando-a em seguida. Na segunda, o réu praticou sexo oral na jovem. A vítima chegou a procurar primeiramente uma filha do pastor, que era sua amiga e não acreditou, para em seguida procurar o réu que pediu segredo, afirmando que “iria negar até a morte”.
A afirmação do pastor foi gravada pela vítima e ajudou o Ministério Público de São Paulo a comprovar o crime. Nos autos constam ainda laudos que comprovaram o abuso. O relator do caso, desembargador Ivan Sartori, ponderou que a vítima só permitiu o contato sexual por questões religiosas e por submissão ao pastor.
Em sua defesa, o réu negou o crime, alegando ser impotente. A alegação, porém, não foi aceita pelo relator.