Pedreiro é morto a golpes de faca ao cobrar dívida de seu vizinho

Marcelo era casado e tinha quatro filhos, sendo uma menina de 7 anos a mais nova

Marcelo da Conceição de Souza foi morto a facada próximo à UPP | Reprodução
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A cobrança de uma dívida teria motivado o assassinato do pedreiro Marcelo Conceição de Souza, de 47 anos, morto a facadas a poucos metros da Unidade Policiamento Pacificadora (UPP) do Morro da Providência na noite de sexta-feira.

De acordo com a filha da vítima, Monique Oliveira de Souza, de 21 anos, Marcelo discutiu com um vizinhosobre uma dívida referente a uma pequena obra que teria feito. Após presenciar a discussão entre os dois, o filho do vizinho esfaqueou Marcelo, que tentou correr atrás do agressor, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no meio da rua.

- Eles nunca discutiram antes. Meu pai nunca foi de se meter em confusão com ninguém. Está todo mundo chocado. Ninguém esperava, ainda mais ser morto por alguém da própria comunidade ? afirma Monique.

Marcelo era casado e tinha quatro filhos, sendo uma menina de 7 anos a mais nova. Ainda abalada, Monique está revoltada com a negligência da UPP, inaugurada na comunidade em 2010.

- Sinceramente, está milhões de vezes pior com a UPP. A comunidade passou a ter mais estupros, roubo. Teve um assassinato em frente, daqui a pouco vai ser lá dentro. Ninguém faz nada. Depois que os jornais foram embora, não ficou ninguém lá na UPP.

Suspeito do crime

Um homem que teria brigado com o pedreiro chegou a ser encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro com algumas escoriações, mas foi liberado.

No fim da manhã deste sábado, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora divulgou uma nota informando que o suspeito teria sido preso e confessado o crime. Horas depois, a assessoria retificou a informação, esclarecendo o ocorrido: "Os policiais da UPP Providência receberam a informação de que o suspeito tinha dado entrada na UPA do Centro com um corte na mão. Quando os policiais da UPP estiveram no local não encontraram o suspeito e apenas confirmaram que ele tinha estado na UPA, onde recebeu atendimento médico e foi liberado. O policial responsável por ter fornecido a informação equivocada será esponsabilizado pelo ato".

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