O empresário Pedro Veloso Nogueira, preso na última sexta-feira (06) sob suspeito da prejuízo de mais de R$ 2 milhões , pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 2 milhões através da modalidade golpe do boleto - bolware. Ele foi preso pela Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.
De acordo com o Delegado Francírio Queiroz, Delegado Adjunto da DRCI, a investigação se iniciou a partir da análise de boletins de ocorrência relacionados ao golpe. Com isso, o modo de atuação do crime foi elucidado. Após a prisão, parte do valor do dinheiro das vítimas foi bloqueado. O empresário foi preso em uma agência bancária de Teresina, enquanto estava realizando presencialmente a movimentação de aproximadamente R$166 mil obtidos com o golpe naquela manhã.
“Somente o CNPJ do investigado preso gerou mais de R$ 2 milhões em uma única instituição financeira, demonstrando o potencial lesivo da associação criminosa”, disse o delegado. A DRCI seguirá com a investigação para identificar demais envolvidos no crime. Ainda durante o final de semana, o Poder Judiciário homologou o flagrante e converteu a prisão do investigado em preventiva.
Como consiste o golpe
O golpe consistia em invadir o sistema de uma das empresas vítimas, contratada das demais, e enviar boletos com endereçamento errado a empresas clientes da primeira. Recebendo o boleto, suspostamente da sua contratada essas empresas vítimas realizavam pagamento, levadas a erro pela fraude. O dinheiro percorria um caminho no sistema financeiro nacional e era levantado a partir da conta do empresário preso pela equipe da DRCI.
“Várias empresas têm sido vítimas de golpes on line, especialmente porque possuem maior disponibilidade de valores em suas contas. Esse é um crime que pode ser cometido à distância, e muitas vezes o autor se esconde atrás de identidades falsas. É necessário que o mercado seja cada vez mais criterioso quanto a regras de segurança para realização de transações on line, bem como que as pessoas tenham bastante atenção em seus pagamentos e negociações”, informou ao Delegado Anchieta Nery titular da DRCI.