Após perícia realizada no vídeo que estava no celular de Raí de Souza, um dos acusados de participar de estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos, no Rio, o laudo apontou que havia quatro homens na cena do crime e não três como inicialmente suspeitava a Polícia Civil do Rio.
O crime aconteceu no sábado (21 de maio), no Morro do Barão, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. A perícia foi realizada no vídeo que foi divulgado em redes sociais, o primeiro. Depois, novas imagens foram descobertas e confirmaram que a adolescente foi violentada. Ainda de acordo com o laudo, o aparelho celular passou na mão de duas pessoas que estavam na cena do crime.
Segundo a polícia, a suspeita é de que estivessem no local: Raí de Souza (já preso), Raphael Duarte Bello (já preso) e Jefinho (foragido). O quarto homem pode ser o traficante Moisés Lucena, conhecido como Canário, já que ele foi reconhecido pela jovem.
Atualmente preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, Raí disse inicialmente para a polícia que tinha destruído seu celular onde foi gravado o vídeo da menor estuprada nua, sendo tocada por um homem, com vozes de outros suspeitos ao fundo. Com a recuperação do aparelho, na sexta-feira (3), os agentes descobriram um segundo vídeo do estupro coletivo, durante o qual a menor tenta inclusive resistir às agressões.
Os investigadores chegaram ao aparelho ao descobrirem que um dos amigos de Raí tinha uma foto com o jogador de futebol Lucas Perdomo, solto na sexta-feira por falta de provas, e Raí, com as mesmas roupas com as quais ambos foram presos no último dia 30 de maio.
No áudio do vídeo, Raí e Raphael insinuam que mais de 30 homens participaram do crime. A polícia acredita que este número possa não ser real. Os 30 seriam uma referência a um funk famoso na região, de MC Smith.
Suspeitos presos
Raí e Raphael estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Ao todo, cinco suspeitos estão foragidos.
“Eles vão responder pelos dois crimes. Pelo estupro e pela produção e divulgação de imagem de criança e adolescente. Que seja uma pena exemplar para mostrar para a comunidade que existe lei e que a lei quem faz é o Estado”, contou Cristiana Bento.