PF investiga esquema de “laranjas” no SUS que movimentou mais de R$ 20 milhões

“Os elementos não indicam a participação dos municípios, e sim que as fraudes e desvios foram praticados por uma organização junto a um grupo ao qual foram ”quarteirizados“ os serviços”, diz a PF.

PF investiga esquema de "laranjas" no SUS que movimentou mais de R$ 20 milhões | FOTO: Reprodução/PF
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A Polícia Federal investiga um esquema criminoso de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios do Paraná. Somente em Curitiba, foi movimentado mais de R$ 20 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). A operação, denominada como Ártemis, foi deflagrada nesta terça-feira (17).

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?

As investigações apontam que o esquema envolvia a celebração de contratos de fachada e a contratação de empresas pertencentes ao mesmo núcleo empresarial para prestação de serviços médicos, principal objeto da terceirização. Além disso, identificou-se a existência de mais de um contrato para o mesmo serviço, com valores superfaturados, permitindo o desvio de recursos. 

Operação Ártemis | FOTO: Divulgação/PF

O QUE DIZ A POLÍCIA?

A operação teve início a partir de uma denúncia anônima. A Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) também participaram da operação. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como bloqueios de valores, sequestro de bens e a proibição de contratação com o poder público para empresários e empresas envolvidas.

“A Operação Artemis tem por objetivo apurar desvios e fraudes cometidos pela organização Social para o qual foi terceirizado o serviço de administração de Upas das prefeituras de Curitiba, Piraquara e Pinhais. Os elementos do inquérito não indicam a participação dos municípios, e sim que as fraudes e desvios foram praticados por esta organização social junto a um grupo ao qual foram "quarteirizados" os serviços”, diz a nota da PF.

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