Piauí tem o menor índice de tráfico próximo a escolas

Entretanto, professores de algumas escolas municipais de Teresina se recusam a dar aula por medo da violência

Capitao Tiago Ribeiro, comandante da Companhia Independente do Policiamento Escolar | Andrê Nascimento
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O comandante da companhia independente de policiamento escolar,o capitão Tiago Ribeiro, disse que uma pesquisa recente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) afirmou que o Piauí tem o menor índice de tráfico de drogas perto de escolas públicas, 15,3%. A média nacional é de 35%. O Distrito Federal atingiu o maior índice, 57%.

Apesar dos números animadores, em algumas escolas municipais de Teresina, em bairros como o Matadouro, Renascença e Pedra Mole, professores estão deixando de dar aula por medo da violência. Ruas sem iluminação, terrenos baldios próximos às escolas facilitam a ação tanto de assaltantes como de traficantes de drogas, a procure de tornar alunos em clientes. O diretor de uma escola no bairro Pedra Mole, zona Norte de Teresina, contou que teve de reforçar grades e portões, para evitar arrombamentos.

Ridis Santos, novo presidente do Conselho Municipal de educação de Teresina, disse que procurou o secretário de educação de Teresina, Átila Lira, após saber dessas informações, em busca de soluções para o problema. Além de uma proposta de licitação para adquirir equipamentos de monitoramento eletrônico para as escolas, o presidente começou a estudar, junto com o capitão Tiago Ribeiro, uma unificação o pelotão de policiamento do estado, para que fiscalize toda a educação de Teresina. "A segurança escolar é importantíssima. Sabemos do assédio dos traficantes aos alunos, e se o policiamento das escolas estaduais está funcionando, por que não unificar?", disse Ridis Santos. Segundo ele, são 304 escolas municipais em Teresina, e é impossível colocar uma viatura a disposição de cada uma delas.

O capitão disse que a segurança não é responsabilidade apenas da polícia. "É importante a participação da escola, dos moradores, em solicitar a iluminação da rua, por exemplo", disse. Ele contou que a polícia fez e pretende fazer novamente um curso com agentes de portaria dos colégios, servidores que muitas vezes fazem serviços de porteiro, vigia e até inspetor escolar.

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