O Policial Militar Luca Romano Angerami, de 21 anos, está desaparecido desde a madrugada de domingo (14), em Guarujá, no Litoral de São Paulo. À polícia, um dos envolvidos confessou o crime e relatou que o PM foi baleado e jogado em um rio em São Vicente com as pernas amarradas. O carro dele foi encontrado abandonado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na mesma cidade, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).
O QUE ACONTECEU: Durante depoimento, o preso Edivaldo Aragão, de 36 anos, disse que o soldado "estava muito louco" e foi abordado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas "porque tinha uma mulher gritando no carro". O irmão do PM disse que ele havia ido a um estabelecimento, onde havia mandado mensagem para uma mulher que também estava no local. Edivaldo disse ainda que a vítima foi rendida no Guarujá, baleada e levada no próprio carro até um rio em São Vicente — onde o corpo foi jogado. Ele relatou ainda que o agente foi morto após os criminosos descobriram que ele era PM.
"Não sabia que era policial", afirmou o homem preso, que é acusado também de envolvimento nos crimes de homicídio, sequestro, roubo e tráfico de drogas, admitindo participação no crime.
INVESTIGAÇÃO: O carro, encontrado na manhã desta segunda-feira (15), estava aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe. O celular dele está desligado, segundo a Polícia Militar. "A Polícia Civil investiga o desaparecimento de um policial militar. O caso está sendo registrado como desaparecimento de pessoa na Delegacia de Polícia de Guarujá. Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", diz a pasta.
QUEM ERA A VÍTIMA: Luca é morador de Santos (SP), mas trabalha no 3º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em São Paulo. As investigações preliminares apontaram que Luca foi visto pela última vez em uma adega na comunidade Santo Antônio, em Guarujá, na noite de sábado (13).
"Eu só espero que eles tenham êxito e de preferência tragam meu filho são e salvo. Eu estou no aguardo. Só queria que respeitassem a minha dor e a minha aflição de saber que meu filho está sumido. Está todo mundo muito desesperado. Ele é um menino muito amado por nós. Isso aflige qualquer pai só de pensar, imagina acontecer [...] É horrível o tempo passando. Como policial, a gente sempre espera o pior, imagina as coisas de forma muito negativa, porque a gente todo dia trabalha com coisas negativas. Mas eu tenho esperança. Eu espero meu filho vivo”, disse enzo Angerami, pai do PM, ao Metropoles.