Dois policiais do 21º BPM (São João de Meriti) foram indiciados pela morte de Ingrid Coutinho Santos, 22 anos, passista da escola de samba Inocentes de Belford Roxo. O crime aconteceu no Éden, São João de Meriti, Baixada Fluminense, em outubro.
O confronto balístico provou que a jovem foi morta com um tiro de pistola calibre 40 da Polícia Militar que estava com o sargento Roberth do Nascimento, de 46 anos. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e sem chance de defesa da vítima.
O também sargento Alex dos Santos Cerbino, 41, foi indiciado por falso testemunho, porque confirmou a versão do outro PM para a morte da passista.
Na 64ª DP (São João de Meriti), eles contaram que trocaram tiros com menores que fugiam e que só ficaram sabendo mais tarde que a jovem havia sido baleada. Os dois estavam trabalhando na noite do crime.
?Além do confronto balístico, temos muitas testemunhas que viram o PM atirando. Um deles chegou a relatar que viu o clarão do disparo. Eles atiraram na vítima muito tempo depois que os menores já haviam passado pelo local e fugido. O projétil transfixou a vítima e ficou alojado na máquina de lavar. Não temos mais dúvidas da participação deles no crime?, explicou o delegado-titular da 64ª DP, Delmir da Silva Gouvea, que vai encaminhar hoje o inquérito concluído para o Ministério Público.
Desde o dia do assassinato, os policiais estão afastados das ruas e fazem serviços burocráticos no 21º BPM enquanto aguardam o resultado do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto para apurar o caso. O procedimento está em fase de conclusão.
A jovem começaria em novo emprego na mesma semana em que foi morta. Ela fechava o portão de casa quando deixou cair a chave. Ao abaixar, foi baleada. ?É duro vê-la morrer desse jeito?, desabafou a mãe dela, Vanete Coutinho, 42, na ocasião.