PM volta a pedir prisão de policiais que liberaram motorista que matou filho de Cissa

Rafael Mascarenhas chegou a ser levado com vida para o Hospital Municipal Miguel Couto,

Morte do filho de Cissa Guimarães | Divulgação
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A corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro pediu --durante reunião com a Justiça Militar e com o Ministério Público na manhã desta segunda-feira-- a prisão preventiva dos dois policiais envolvidos na liberação do carro que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, 18, filho da atriz Cissa Guimarães. Segundo a corporação, caberá à titular da Auditoria da Justiça Militar do Estado, a juíza Ana Paula Barros, decidir se decreta ainda hoje a prisão dos PMs.

Com a decisão, os dois policiais devem ser transferidos para o BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica (zona norte), onde permanecerão presos até a finalização do inquérito. A Folha não conseguiu localizar nenhum defensor dos PMs na manhã desta segunda.

A prisão administrativa do sargento Marcelo Leal de Souza Martins, que se apresentou domingo, e do cabo Marcelo Bigon (detido no sábado) havia sido determinada pelo comandante da PM do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, pós tomar conhecimento do depoimento de Roberto Bussamra, pai do atropelador Rafael Bussamra. Ele afirmou à Polícia Civil que pagou R$ 1.000 para que o cabo e um sargento liberassem seu filho após o acidente.

Duarte também tinha pedido a prisão preventiva dos PMs, mas o Tribunal de Justiça do Rio negou. O juiz Alberto Fraga informou que vetou o pedido por não haver indícios e provas para embasar a custódia tutelar.

Além disso, os policiais não possuem antecedentes criminais e "há anos integram a corporação militar, o que permite concluir pela ausência de sua periculosidade", afirmou o juiz na sentença. De acordo com a decisão, a liberdade dos policiais não "acarreta qualquer ameaça seja à ordem pública, seja à aplicação penal, ou seja à oitiva das testemunhas".

CONSERTO

Na quinta-feira (22), o funileiro Paulo Sérgio Gentile Muglia, 48, afirmou à Folha que o empresário levou o carro até sua oficina e solicitou que o conserto do veículo fosse feito "o mais rápido possível".

O funileiro disse também que a embreagem do veículo estava alterada, o que poderia permitir um arranque mais potente do motor. A polícia investiga se Bussamra estava tirando um "pega" no túnel no momento do atropelamento --ele nega.

MORTE

Rafael Mascarenhas chegou a ser levado com vida para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao final do procedimento médico. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a causa da morte de Rafael foi hemorragia interna e politraumatismo. Seu corpo foi cremado na quinta-feira (22).

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