Os três policiais militares, acusados de matar o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, no dia 18 de julho, em São Paulo, e que foram soltos na tarde desta sexta-feira, em liberdade provisória, continuam afastados de qualquer atividade nas ruas, limitando-se a serviços administrativos, enquanto não forem julgados.
A decisão do desembargador William Campos, que assinou o habeas corpus do cabo Adriano da Costa da Silva e dos soldados Luis Gustavo Teixeira Garcia, e Robson Tadeu Nascimento Paulino, prevê a restrição aos PMs, ?sob a condição de se absterem ao exercício de qualquer atividade ou trabalho externo e fora das dependências militares?.
Ricardo de Aquino foi morto com dois tiros na cabeça, de acordo com o laudo necroscópico. Mas a polícia ainda vai determinar de que arma partiram os projéteis. Os acusados alegam que, ao abordar a vítima, viram um objeto estranho com o publicitário, mas que as investigações identificaram como sendo apenas um celular.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, afirmou que os policiais serão demitidos ?a bem do serviço público, porque não se aborda ninguém em desproporção numérica. Eles estavam em quatro viaturas, em duas motos e do outro lado estava apenas um motorista?, avaliou, em entrevista.
O secretário afirma, ainda, não ver justificativa para a ação:
- É um absurdo dizer que um policial preparado possa confundir um celular com uma arma. E, além disso, foi uma abordagem em que se evidencia a intenção de matar, uma vez que desferiram dois tiros na cabeça do motorista - disse.