A Polícia Civil de Goiás, responsável por investigar a morte por envenenamento de Leonardo Pereira Alves, 58 anos, e da mãe dele, de 86 anos, acredita que a acusada Amanda Partata tenha colocado veneno no suco das vítimas. Conforme apontado pelo delegado, a hipótese de que eles tenham sido vítimas de intoxicação alimentar foi descartada.
A advogada foi presa nesta quarta-feira (20) e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. O delegado afirmou: "Foram adquiridos diversos alimentos. Por uma questão técnica, é mais provável que o veneno tenha sido administrado no suco, pois é mais fácil dissolver o veneno em meio líquido".
A Polícia Científica está atualmente em processo de análise para determinar a substância exata utilizada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas estão sendo examinados na tentativa de identificar se algum deles foi empregado no incidente.
"Mesmo que a perícia não encontre veneno algum nas substâncias apreendidas, a certeza que foi uma morte por envenenamento se mantém. Nesse caso, o que leva a crer que foi uma morte por envenenamento e o descarte da outra possibilidade. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. A pessoa ingere alimentos, não foi infecção bacteriana, qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento", disse o delegado.
Alfama acrescentou que a possibilidade de morte por intoxicação alimentar foi descartada, visto que o tempo de incubação das bactérias no organismo humano geralmente resulta em óbito após um período mais prolongado.
A polícia sustenta a hipótese de que o crime ocorreu devido ao sentimento de rejeição experimentado por Amanda após o término de seu relacionamento com o filho de uma das vítimas. Mesmo após a separação, a advogada continuava a frequentar a residência dos familiares do ex-namorado, alegando estar grávida. O delegado, entretanto, concluiu que a suposta gestação é falsa.
No dia do incidente, estavam na casa Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado, e o esposo de Luzia. Amanda chegou com alimentos para um café da manhã. De todos que estavam no local, apenas o esposo de Luzia não tomou café da manhã.
“Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos”, disse o delegado.
Amanda trabalha como em Itumbiara, na região sul de Goiás. Em suas redes sociais, ela também se identificava como psicóloga, compartilhando postagens com comentários sobre uma variedade de livros. Contudo, de acordo com informações do Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), não consta registro profissional ativo em seu nome nos arquivos do Conselho.