Polícia apura se carro blindado de prefeito morto foi sabotado

A vice-prefeita, Anabel Sabatine (PSDB), assumiu o posto nesta segunda

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O delegado Zacarias Katzer Tadros disse no fim da tarde desta segunda-feira (13) que investiga a possibilidade de o carro do então prefeito de Jandira, na Grande São Paulo, ter sido sabotado na véspera do crime. Braz Paschoalin foi morto a tiros, na sexta-feira (10), em frente a uma rádio da cidade. Ele estava em um veículo sem blindagem porque o oficial, que tem a proteção, estava com um dos pneus furados.

A vice-prefeita, Anabel Sabatine (PSDB), assumiu o posto nesta segunda. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, não houve cerimônia de posse em respeito ao luto pela morte de Paschoalin, que estava no carro de seu segurança e motorista no momento do crime. O homem foi baleado na cabeça e está internado em São Paulo.

?A gente investiga (a hipótese de sabotagem) porque é fato que o pneu estava furado. Vamos investigar quem cuida do carro, quem faz esse controle?, disse Tadros, titular do setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Carapicuíba.]

?A partir da coleta desses dados vamos cruzar as informações?, contou Tadros, que disse acreditar na possibilidade de haver mais suspeitos de participação na morte. Para o delegado, os quatro, que estão em prisão temporária válida por 30 dias, fazem parte de uma mesma organização criminosa. ?Acreditamos que temos nas mãos os executores.?

Segundo ele, três dos suspeitos têm passagem por tráfico de drogas e roubo.

Em entrevista na tarde desta segunda, a atual prefeita de Jandira, a ginecologista Anabel Sabatine, voltou a afirmar que está com medo, mas, mesmo se for ameaçada, não deixará o cargo. Questionada se tem recebido ameaças, disse apenas que não comentará a questão.

Anabel já tinha revelado no sábado (11), durante o enterro de Braz Paschoalin, o temor em assumir o cargo deixado por ele. Segundo a assessoria de imprensa da prefeiura, Anabel está com dois seguranças particulares, indicados por um amigo dela que é policial militar.

Secretaria da Saúde

A médica foi secretária da Saúde entre janeiro de 2009 e setembro deste ano e acumulava os cargos. Ela mesma contou que fez uma denúncia sobre um suposto caso de superfaturamento e desvio de medicamentos na cidade durante sua gestão e afirmou que chegou a pedir ao prefeito para deixar o posto.

?Eu disse que queria sair do cargo?, informou a prefeita, acrescentando que as investigações estão com o Ministério Público e o Tribunal de Contas.

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