A polícia faz buscas por um empresário de 29 anos suspeito de simular um roubo e matar a amante, uma jovem de 19 anos, em Iporá, a 234 Km de Goiânia. Ele foi identificado como suspeito do crime depois que a Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (26), um auxiliar de serviços gerais, de 30 anos, que afirma ter sido contratado pelo empresário para cometer o crime.
A jovem foi morta na madrugada de segunda-feira (24), na casa onde morava, no Setor Jardim Arco Íris, em Iporá. No dia, o empresário declarou à polícia que a residência tinha sido invadida por homens encapuzados que fizeram o casal refém por cerca de uma hora. O homem relatou ainda que os supostos assaltantes tamparam o nariz da jovem e ela foi morta asfixiada. No entanto, ele fugiu.
A defesa do empresário nega o envolvimento dele no crime.
Porém, após investigações, a polícia desconfiou da versão do amante. Segundo a Polícia Civil, as cordas que prendiam o empresário estavam frouxas e não pareciam ter sido amarradas com a força necessária para imobilizá-lo. Além disso, a casa não apresentava sinais de arrombamento.
O exame de corpo de delito do empresário constatou que ele tinha ferimentos no braço que indicavam luta corporal, porém, os cortes na pele teriam sido provocados intencionalmente para reforçar a condição dele como vítima.
Ainda de acordo com a investigação da Polícia Civil, o empresário teve a ajuda do auxiliar de serviços gerais para sufocar e matar a jovem e, em seguida, se amarrar a uma cama. Câmeras de segurança chegaram a registrar o momento em que o empresário, com pés e mãos amarrados, é auxiliado por policiais militares.
O auxiliar fugiu na caminhonete do homem, para sugerir que o veículo tinha sido roubado. ?A intenção desses autores foi, a todo o momento, ludibriar tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil?, afirma o delegado Victor Pereira Avelino.
Em busca pela caminhonete, os policiais analisaram câmeras de segurança de um posto de combustíveis e identificaram que o auxiliar parou no local para abastecer o veículo. Com a identidade do homem, eles o encontraram e prenderam em sua residência, também em Iporá.
A partir do depoimento do suspeito, a polícia descobriu que o empresário morava com a vítima há três anos, mas é casado e tem família em Mato Grosso. Para o delegado que investiga o caso, Ramon Queiroz Rodrigues da Silva, a intenção do suspeito era esconder a traição.
?O próximo passo seria colher as digitais dele para confrontar com as digitais encontradas nas cordas na residência e, a partir desse momento, ele viu que a versão dele teria sido derrubada, a Polícia Civil já teria chegado até seu comparsa que teria ajudado nesse crime?, afirma o delegado Ramon Queiroz Rodrigues da Silva.
A polícia ainda faz buscas pela caminhonete e pelo empresário.