A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (8) a reconstituição da morte da radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, em Frutal, no Triângulo Mineiro.
A jovem foi assassinada na noite do último dia 1º de novembro após combinar uma carona pelo aplicativo WhatsAp. Ela saiu de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG) para encontrar com o namorado, que chegou a alertá-la por mensagem para que ela tivesse cuidado na viagem.
O presidiário Jonathan Pereira do Prado,, que confessou matar e roubar a jovem, participou do procedimento que visa esclarecer as circunstâncias do assassinato. Ele concordou em participar da reconstituição sob a condição de ter a cabeça coberta por capuz para não ter imagens registradas pela imprensa. Além disso, também utilizou um colete à prova de balas.
Participaram também representantes da Polícia Civil, da Perícia Criminal, do Ministério Público de Minas Gerais, Secretaria de Administração Prisional (Seap) e imprensa.
O delegado da Polícia Civil em Frutal, Bruno Giovanini, afirmou está descartada a hipótese de outra pessoa ter participado do crime. Em relação ao estupro, ainda existe a possibilidade, apesar de Jonathan negar. Pela reconstituição, a polícia esclareceu que Kelly foi morta durante trajeto até o local onde o corpo foi encontrado.
“Desde o momento que realizamos a prisão, colhemos provas e a reconstituição foi necessária para confirmar linha de investigação. Sobre o estupro, Jonathan se manteve firme em negar, mas a versão dele é só uma parte de um todo e tem vários elementos que contrapõe o que ele diz. Vamos analisar com calma as provas e vamos confirmar se teve ou não o crime sexual”, contou.
O delegado também informou que pela reconstituição deu pra perceber que ela não morreu por afogamento, e sim antes do corpo ter sido jogado na água. ''Ela foi estrangulada no caminho próximo onde ele deixou o corpo. Em relação a outros envolvidos, Jonathan agiu sozinho, os outros dois presos somente foram receptadores.”, disse Bruno Giovanini.
Agora, a polícia deve encerrar o inquérito e enviar ao Ministério Público. Entre os crimes, Jonathan pode responder por latrocínio, crime sexual caso seja confirmado, entre outros.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, na reconstituição o investigado contou com detalhes sobre as agressões e morte de Kelly.
"Ele foi muito cruel, disse que ficou nervoso e que deu socos e cotoveladas sempre que via que ela estava com algum sinal de vida. Ele colocou ela no banco de trás do carro, amarrou os braços e pescoço dela e arrastou por cerca de 30 metros", concluiu o delegado.