Polícia de SC cumpre mandados em meio à onda de violência

Neste sábado, 25 pessoas foram presas, segundo cinco advogados.

Polícia de Santa Catarina cumpre mandados de prisão em meio à onda de violência no Estado. | Estadao
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Diante da onda de violência que já deixou 106 mortos, a polícia catarinense deu início na noite de sexta-feira (16) a uma operação para cumprir um total de 97 mandados de busca e apreensão.

Até o fim da manhã deste sábado (17), segundo assessoria do governo catarinense, 25 pessoas foram presas. Dentre elas, cinco são advogados que estariam repassando informações de dentro das cadeias para criminosos do lado de fora. Além dos presos nas últimas horas, 45 já estavam detidos. Assim, segundo a assessoria do governo, ficariam faltando 27 detenções. São palcos da operação iniciada na noite de sexta-feira 12 municípios: Florianópolis, Palhoça, São José, Blumenau, Indaial, Itajaí, Criciúma, Tubarão, Gaspar, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Camboriú.

A operação ocorre no momento em que Santa Catarina transfere 40 presos das penitenciárias do Estado para presídios federais de segurança máxima. O acordo foi anunciado na manhã deste sábado pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Juntamente com as ações, tem início neste sábado no Estado a Operação Divisa, que busca intensificar a entrada e saída de armas pelas fronteiras de Santa Catarina. A operação envolve os órgãos Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Polícia Ambiental Federal, Polícia Ambiental Estadual, Polícia Militar Rodoviária do Estado e Polícia Civil de santa catarina, além do Conselho Estadual de Combate à Pirataria.

A Força Nacional de Segurança Pública, recém-chegada a Santa Catarina e sob o comando da Polícia Militar do Estado, vem dando suporte para a realização das ações.

De acordo com a assessoria do governo catarinense, Cardozo prometeu ainda enviar a Santa Catarina um grupo da Frente Nacional de Defensores Públicos para avaliar a condição de cada uma dos presos do sistema penitenciário catarinense, em um prazo máximo de 30 dias. Eles vão procurar, por exemplo, detentos que já tenham a pena cumprida e continuam presos ou outras irregularidades para corrigir distorções. O governo catarinense também se comprometeu a agregar advogados pagos com recursos do Estado.

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