Polícia descobre cativeiro de lojista que desapareceu em março

Casa em São Paulo pode ter sido um dos locais usados como cativeiro.

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A casa apontada como um dos locais que serviu de cativeiro fica no Jardim Miriam, em São Paulo. Os peritos tiraram fotos, recolheram objetos e materiais que serão levados para análise pra confirmar se a vítima passou pelo local. A perícia usou técnicas para identificar manchas de material biológico, como saliva, sêmen e fios de cabelo.

Em um dos quartos da residência foram encontradas marcas em um cobertor, que foi levado para análise. No canto do quarto, garrafas com urina foram apreendidas, e o material será coletado para exames. Os peritos também usaram uma substância química conhecida como luminol para checar se havia sangue no local. Todo o material coletado será comparado ao DNA da vítima, para confirmar se o comerciante que está desaparecido desde março esteve no local.

Segundo as investigações, uma casa foi usada pelo grupo para vários crimes, entre eles o sequestro do comerciante Cristiano Francisco. A dona da casa é apontada como a mulher responsável por cuidar da vítima. ?As informações que nós temos é que ela teria cuidado da carceragem dele nos primeiros 30 dias de cativeiro. É uma informação ainda não confirmada, mas que tem base em uma prova testemunhal e documental?, diz o delegado Carlos Alberto da Cunha.

A polícia tem pistas de que este local teria servido como o primeiro cativeiro de Cristiano. Ele teria ficado no local por pelo menos 30 dias. O lugar é um quarto escuro, pequeno, de teto baixo e sem nenhuma ventilação. ?A gente está realizando uma perícia para buscar qualquer tipo de resíduo humano que possa provar tecnicamente que ele esteve no local?, conta o delegado.

O sequestro aconteceu no final de março. Cristiano Francisco de Freitas foi levado de seu próprio comercio, no bairro Cidade Náutica, em São Vicente. As câmeras de monitoramento da loja registraram o momento em que o segurança aponta para os parceiros o carro em que a vítima estava. Cinco pessoas da quadrilha já foram presas, entre elas dois policiais militares.

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