Polícia destrói 60 mil CDs e DVDs piratas no aterro de Teresina

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A polícia destruiu 60 mil unidades de Cds e DVDs pirateados no aterro sanitário de Teresina na tarde de ontem. Os produtos, que iriam abastecer o mercado clandestino no período do Natal, foram apreendidos através do 11° DP em um galpão no centro da cidade na última sexta-feira. É cada vez maior a quantidade de produtos piratas apreendidos, fator que revela não só o crescimento da pirataria no Estado, mas também a relação do mercado ilegal com o narcotráfico.

No local onde funcionava um centro de distribuição de produtos piratas, três pessoas que foram presas já tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas. De acordo com o delegado titular do 11° DP, José Gonçalves, esse galpão foi descoberto através de uma investigação da polícia sobre tráfico de drogas. ?Nós estávamos fazendo uma investigação e descobrimos uma central de distribuição de produtos piratas. Isso é um indício de que está acontecendo lavagem de dinheiro no mercado negro e que este dinheiro está financiando o tráfico de drogas?.

A autorização para destruir os produtos foi determinada pelo juizado de pequenas causas, através da juíza Eliana Márcia de Carvalho. Os títulos pirateados seriam comercializados em Teresina e em alguns municípios próximos, como Teresina, Timon, José de Freitas e Beneditinos.

Produtos piratas causaram alvoroço entre os catadores

Quem se deu bem com a operação foram os catadores de lixo. Durante a destruição dos mais de 60 mil CDs e DVDs piratas que ocorreu na tarde de ontem, dezenas deles avançaram para pegar o material que estava sendo destruído.

Muitos arriscavam a própria vida colocando as mãos por baixo do trator que fazia a destruição. Outros não se incomodaram com o risco de ser atropelados, já que ficaram tão próximos às máquinas. O maquinista teve dificuldades para executar o processo.

Vários catadores conseguiram carregar caixas intactas dos produtos. Ainda não satisfeitos, eles retiraram as unidades que já estavam debaixo do trator e tentaram resgatar as que não foram esmagadas.

A estimativa é que nem 30% dos produtos chegaram a ser destruído. Todo o restante foi carregado pelas dezenas de catadores de lixo que estavam no local.

FOTOS: JOSÉ ALVES FILHO

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