Polícia deve intimar ex-vereador fotografado em briga de torcida

Juliano Borghetti é hoje membro da direção executiva de uma autarquia estadual.

Borghetti disse que foi surpreendido pela confusão. | Estadão Conteúdo
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O delegado Douglas Roberto Cinque disse que poderá intimar o ex-vereador de Curitiba Juliano Borghetti, fotografado no meio de uma pancadaria entre as torcidas do Atlético-PR e do Vasco, em Joinville (SC), no domingo (8). Borghetti, que atualmente é membro da direção executiva do Ecoparaná, autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Turismo, não aparece praticando qualquer ato de violência. Pelo Facebook, ele negou envolvimento na briga.

? Acompanhávamos a partida próximo à divisa entre as torcidas quando fomos surpreendidos com a confusão. [...] Não agredi ninguém, nem tampouco fui agredido. Frequento os jogos do Atlético-PR nos estádios há 30 anos e nunca me envolvi em nenhuma briga.

Segundo Cinque, os vídeos e fotografias vão ajudar a polícia a saber quem eram os outros torcedores que participaram da pancadaria. Ele também disse que já enviou ofícios à administração do estádio e aos clubes para que representantes compareçam à delegacia para prestar esclarecimentos.

A Arena Joinville foi alugada pelo JEC (Joinville Esporte Clube) ao Atlético-PR. Segundo a PM, a responsabilidade da segurança interna do estádio teria que ser feita por guardas contratados e ficou a cargo do time paranaense. A decisão de não colocar mais policiais dentro da arena foi tomada pela PM, em acordo com o JEC, após o Ministério Público entrar com uma ação civil pública pedindo justamente isso, no último dia 2.

Em uma publicação no Facebook, o advogado do JEC, Roberto Pugliese Jr., atribuiu à PM a responsabilidade pela confusão.

? Lamentavelmente, temos um culpado, a Polícia Militar de Joinville que ignorou a Constituição Federal e o Estatuto do Torcedor, ignorou a segurança dos cidadãos e preferiu lavar as mãos entregando o ônus da segurança ao Clube Atlético Paranaense, sem pensar nas consequências. Antes de pensarmos em responsabilização esportiva, temos que pensar na segurança pública e na responsabilização criminal.

O Ministério Público de SC ressaltou que a ação civil pública ainda não foi julgada e que a PM antecipou o pedido da promotoria à Justiça e tomou a decisão de manter o efetivo fora do estádio.

Confronto

A briga entre as torcidas terminou com três vascaínos presos e com quatro pessoas feridas. O trio foi transferido na segunda-feira (9) ao Presídio Regional de Joinville. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio público e crime específico do Estatuto do Torcedor.

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